tag:blogger.com,1999:blog-120883902024-03-07T10:09:12.654+00:00Vadios ilimitadaCarlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/18126114184853427482noreply@blogger.comBlogger160125tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-21809641237456188632019-06-19T16:08:00.009+01:002019-07-04T09:42:42.417+01:00Paragem Forçada<p>Em vez de acordar amarrotado depois de um voo de 12 horas até ao Bornéu como tinha planeado acordei numa cama da uci do Hospital dos Lusiadas em lisboa com a cabeça decorada com 48 agrafos e inchada como uma melancia. Um inesperado Acidente vascular cerebral surpreendeu-me no ginásio onde ironicamente procurava começar a levar uma vida mais regrada e saudável, duas cirurgias e uma semana de coma depois acordo com acabeça do tamanho de uma melanciao e o lado esquerdo do meu corpo dormente e sem quererer responder às minhas ordens. A bela e modesta honda Xr 125 que tinha comprado no OLx das Filipinas paraviajar por este arquipélago de uma ponta à outra vai ter de ficar parada mais uns meses.Algumas horas depois e o AVC teria acontecido no voo ou já em Manila. Enfim É bom lembrarmo-nos que pouco ou nada mandamos na nossa vida e que de um segundo ara o outro ela pode virar de cabeça para baixo sem que possamos fazer nada. Por isso aproveitem bem enquanto podem e têm saúde, porque a qualquer momento tudo pode mudar. É bom tambem procurarprocurarar ver sempre o lado positivo das coisas menos boas. Se o AVC hemorragico tivesse acontecido no voo ou em Manila provávelmente não estaria aqui a escrever. portanto dentro do azar até que tive sorte....<br>
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Quem me é mais próximo sabe qu o ano de 2017 foi um ano muito dificil, perdi tudo o que tinha, e não falo do plano material, antes falá-se... falo do plano emocional e familiar onde a minha vida se virou do avesso com a partida da minha namorada e do meu melhor amigo. Passei o ano de 2018 a lamber as feridas e a tentar recuperar acapacidade de acreditar que ainda havia um futuro feliz pra mim depois do tsunami de 2017. UMa das estratégias foi meter mãos à obra na recuperação de um veleiro e eplorar o meu sonho antigo de velejar por esse mundo afora. Foram 6 meses de muito trabalho num estaleiro no Seixal até o Noé voltar a nadar. A cabeça ficava ocupada e o corpo cansado com as tarefas, a estratégia foi uma boa decisão, demorou mas compensou. o Noé passou a ser o meu poiso favorito e nele viajava para longe mesmo sem sair do estaleiro no Seiixal, nele re- aprendi a dar valor ao tempo e à simplicidade da vida. ó Noé pretendia ser uma homenagem ao meu grrande amigo de 4 patas mas infelizmente o nome não foi aceite pela capitania de Cascais e tive de alterar para a versão inglesa Noah.</p>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-9177735167521837082018-05-06T05:28:00.001+01:002018-05-06T05:28:35.535+01:00A culpa é da lua cheia!<p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">A minha sorte nestas coisas não mudou. O guia é coxo e o <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.1" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">spotter</span> é maneta, não estou a brincar... está aqui uma bela equipa para ir à caça de Lémures nas montanhas do Parque Natural de Ranomafana</font><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">.</span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_9b31_628e_390c_d570" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY-eIUmgFnS5PWbFG7vCe8mh-PEFKcBK1ddj3zFoQf07cQW8SkPYSmGBjf_AQdqIIrMA48MGPVyabXdj-l_dbOOPgvwYu_mz4zoHCHz3TVIRA8wG1xKMaijOHVS6Fi4Sq97QZP/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"> O <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.2" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">spotter</span>, que supostamente vai na frente de catana na mão a abrir caminho, não tem o braço direito e o guia tinha um problema qualquer na perna que o fazia subir e descer degraus com bastante dificuldade. Mas não fica por aqui, o guia devia estar com problemas familiares e passou metade do tempo a ver se tinha rede de telemóvel para falar com a mulher. Quando conseguia ligação, só se ouvia ela a mandar vir com ele aos berros do outro lado... acho que o coxo andou a saltar a cerca :)</font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_d6ba_9b05_8421_ef6c" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh28nSc2Ef5tA75TJZDvMuzFIHm78WIw_lmP3EWrc3I0AwpB2NOcBp-GuJHsevnxbTU0Gejx5Az-yNXtxtlKOBYrnl4fRw-C6UAVHckNVSK11Voe0D9ndNlsURGnqLc1HM4tyyx/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br></font></p><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">No <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.3" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">briefing</span> inicial ele, como qualquer guia profissional, baixou as minhas expectativas. Ah e tal ontem foi lua cheia... se calhar os Lémures estão cansados porque são muito ativos em noites de lua cheia... talvez seja difícil ver algum... <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.7" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">ok</span> pá já percebi, a lua cheia é tramada <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.8" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">né</span> amigo <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.9" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">lol</span>, não te preocupes, não fico chateado contigo se só virmos floresta.</font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_5d5f_8c0f_43ff_8b32" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKwrYVoPxU9IwWbhs-gq9AaSX8mr5eV4F-eC_NiAeGS8YzdedSgn5dd5GzSm5bDu7IEpDPebm_9UJiFJyf3SyO8ArGdG9MTYet7Cw3BYHB6fSQnYKnui88ubB7MaN4yP9OqFal/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">E que floresta, diferente de qualquer outra que já <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.10" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">vi.</span> Mais aberta e espaçada que a floresta tropical “normal”. Esta deixa a luz chegar até ao chão e o resultado são flores incrivelmente coloridas e exóticas, grande parte só existe aqui mesmo, nestas agrestes montanhas. Entre uma e outra chamada da mulher o guia lá me ia dizendo que aqui acontece o oposto da <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.12" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">África </span> continental, onde os animais são grandes e imponentes. Aqui temos de olhar os pormenores, como esta micro orquídea ou este escaravelho girafa, ambos endémicos de <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.13" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Madagáscar.</span></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="goog-spellcheck-word" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true"><br></span></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="goog-spellcheck-word" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true"><img id="id_1c30_563_4432_b48" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi65jMTfEf0UkjzyA5Fm-jpKAGDGcj3yBdb2-KqxgCmE7EccITCGV7YNK1SbGH3oVt6GI7UFann2PrcrwXwHRfk5rtd2ezIEx1uxrYvsSshqrT7YQGfkm2XN4MU__qjZiqajUjC/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br></span></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Estava eu a pensar que com tanto barulho até os Lémures já deviam estar a milhas com medo da mulher do guia, quando o <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.14" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">spotter</span> me vem buscar e me leva mata dentro fora do trilho. Lá estão eles, maiores do que imaginava, empoleirados nos ramos a saltar de copa em copa à procura das mais saborosas guiavas. São peludos, pelo grosso e suave, como bichos de peluche de carne e osso. </font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_286b_5af8_6e9c_8e42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1_0nIdLjOytmISpYQ4McyomrnJMJy7Em62jSJdyO4J9WginrFyjyS2gITlU4OuiVUOqkhCq84Ot3O1y_Za3wm8ruEucc4bLZ1EHLb5v5ns6tcNtQVp4eD6wdkNWe_TAnq8XwR/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;">Ao longo da manhã vejo quatro espécies distintas de <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.15" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Lémures</span>. Dos famosos anelados a preto e branco, aos enormes e pesados <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.16" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Golden</span> <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.17" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Bamboo</span> <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.18" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Lémure</span>. Pelo caminho vários camaleões e <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.19" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">insectos </span>de formas absurdas, confirmam o exotismo que tornam as florestas desta ilha tão misteriosas. Tudo por aqui é realmente diferente, até plantas comuns como o café selvagem ou o gengibre da floresta assumem cores e formas caprichosamente diferentes. Por ter crescido no meio dos lotes de café do meu pai, </font><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;">tenho uma curiosidade natural com a planta e as espécies de café e aposto que nem ele sabia que havia uma espécie especifica daqui que quando madura fica com as bagas azuis.</font></span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;"><br></font></span></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_dcd5_6d2f_6303_11c1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaW1BPYE-_jBKO0QVs8kkySekwkeKr0VrphPEDx_JXlyi0MIpXW4DICLmFqW4C1C-xbes-Vdz3odhhBjRcUvkYLPCGrIKOpgDpwfQ3HJEkpBFnG8t2i8_TdTQQd7tMVIvy1XGu/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;">Já no regresso o guia finalmente consegue acalmar a mulher, oiço risos do lado de lá... fico feliz por ele</font><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;">. Deve-se ter desculpado com a lua cheia :) </font></span></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Eu volto ao hotel, tomo um duche, um café e sigo viagem para a costa este. Ainda tenho 4 horas de luz, mais do que suficiente para chegar a tempo de um mergulho nas areias de <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.20" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Manakara</span>. Pelo caminho tenho provavelmente a mais bela estrada de <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.21" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Madagáscar </span> e umas das mais bonitas que fiz... e já fiz algumas :)</font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_60e4_1c28_2557_140b" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOqqQXddHEg8WN4kixO6TDaiC6sDWBXHPD7w7copVfX7wyJxY4VT3P3RDKASN-KIY5epNMhrF3ZiwX9XEc3jDbHxgpjAzsDRiCKWlNQCdXzP1Ve77EtcNR2BqWZf5kVp_nu1wi/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></font></p><p style="margin: 0px;"></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Uma serpente cinza que percorre vales profundos, abertos por rios revoltos, e que contorna montanhas cobertas de floresta com picos de basalto polido pela erosão de milhões de anos. Pouco a pouco abrem-se horizontes de savana verde, bonita, com montanhas mais baixas e separadas por vales de palmeiras de <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.22" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">aspecto </span> jurássico. <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.23" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Jurassic</span> Park, é isso! Ou foi filmado aqui ou inspirado neste lugar, as paisagens são incrivelmente parecidas. Só faltam os <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.24" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Raptors</span> a correr pela erva alta.</font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica; font-size: 12pt;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_cd01_7ddf_f48b_27d5" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOpDJaoeBCgKokRCm1XCOUJn-Fuwf0mAl0bkBh3A8oqvY0Nnkx4YL0J0iiVfPoAaA7uzpb-qo57c9ihexpx9slp_gHS2-x2XPMvFawTYt6puMTh6rXMiMgzp0gc2xRCeEubE3K/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">As pessoas <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.25" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">também</span> mudam, são aparentemente mais pobres que no planalto central, andam descalças, vivem em cabanas de madeira e <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.26" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">bamboo</span> com telhados de junco. Em contrapartida têm bastante mais que apenas arroz, a floresta dá-lhes uma quantidade e <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.27" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">variedade</span> de fruta tal que deixaria qualquer <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.28" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">frutaria</span> roxa de inveja. O sorriso continua o mesmo, o sorriso e os carros de madeira que ajudam a transportar tudo empurram-se nas subidas, vai-se à boleia nas decidas. Alguns são bastante completos e detalhados.</font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img id="id_2065_ebe6_cf77_4f41" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEiLowCqP1bKRibyX87_yg6u0FuJ8-u_hD7zKcVJP3lN5qtfM2wLJgEIwLV-9h55lgGMzvoEjzAItGmOOZ1UPj-Jhbm5kY6lrXbY_Bf-4XBRAO41IGQLSfuKwXLc_Z3YJwndef/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br><img id="id_5c02_ccde_147c_b5a1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRvv5NXx5Od8RHRSYs0m4zHhp1oXjZCIHW-H9EdkeNrgnlKpYMHMS3ULzh3mv36hxNmZm3i27DcTfu0L_1GC69dVLVkA8Ln_7bxM80N0eUhNvWjNDqlpymDeOpwmVoG2ql2m_m/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;" style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></font></p></div><div data-blogger-escaped-style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;">Chego a <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.29" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">Manakara</span> a </font><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;">tempo de mergulho e de uma cerveja com um motociclista francês que chegou pouco antes de mim. </font></span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;"><br></font></span></p><p style="margin: 0px;"><img id="id_3ff1_61d6_d559_d40f" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2-DTnn6NbWF41Vq2QLvGICcniYjHFmhRSDuXiKaWjNJhd3o3062HUpjRlbTNjX6iizbYGGzVGCxIuB-XgrUwobLuoHQ5JGmq2c9kNR-0ntKGIfFyg97mR_4rZ9yiRsDjNUHaL/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;"><br></font></span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;"><br></font></span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;">Escolhemos o mesmo hotel, o único da cidade em frente ao mar e provavelmente o melhor da região. Nada mau para os 15 euros que custa :) Agora é só encomendar a lagosta, <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.30" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">lí</span> algures que faz muito bem ao intestino solto <span class="goog-spellcheck-word" id=":df.31" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true">lol</span></font></span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;"><span class="goog-spellcheck-word" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true"><br></span></font></span></p><p style="margin: 0px;"><img id="id_bcab_637a_1312_6e78" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY1cN6JvT-yWq03yDHlEiZh6rDUittDnKdZBE6z0OKdto-3ErD6cglVX1YrrXjS3f2s631rCYqIzcdiDYPhpkHNKAPG-3IRGPpSGkdXpqPNm9MHQGJ6OxOSm3FiMHrO-jN7eIX/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;"><span class="goog-spellcheck-word" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true"><br></span></font></span></p><div><font data-blogger-escaped-style="font-family: Helvetica;" face=""helvetica""><span class="goog-spellcheck-word" tabindex="-1" role="menuitem" aria-haspopup="true" style="background-color: yellow; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br></span></font></div></div> Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-19666736766081250942018-05-02T21:45:00.001+01:002018-05-03T07:03:58.070+01:00Soava dia<p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Boa viagem em Malagasy. Aliás, sabiam que as origens desta lingua e dos primeiros nativos remonta às ilhas do Pacifico? Eu não, mas fiquei a saber e não foi graças ao meu Lonely Planet que ficou algures no meio da pista das montanhas de Ranomafana, foi graças a um longo jantar com o Gabriel, um italiano que vive aqui há quase 30 anos.</span></p><p style="margin: 0px;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></p><p style="margin: 0px;"><img id="id_fc35_810c_108d_673f" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ4c5k8exgxLslYUFgumc3zK-s1B7tbPqw7NZzJT3WCbzr5s9tZtcV9E948tXCNKDcVxQw3xGrkAihwLY5aRBmbhN9VGgpy7dHMVzCDzPq5nK9sI4Y5Fezn8etGrT3NYRdDeIc/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></p><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">De facto as pessoas das montanhas têm muita semelhança fisionómica com o povo da Polinésia, aqueles olhos puxados, côr caramelo e um sorriso lindo. Já na costa percebe-se uma maior influência da Africa continental, mais escuros, com olhos redondos mas com o mesmo sorriso aberto sempre pronto a nos receber. Ambos têm uma característica que devia ser mais praticada no resto do mundo... olham bem nos olhos. Quando passo de moto as pessoas acenam e sorriem mas não olham para a moto, olham-me nos olhos. Gosto disso!!</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_d2b9_f60e_486_769d" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEk9skMLKdEQ-zUXNB197NG0qWMVfeQua6sKSStGdjQfkHSWf1GWVzc1ojZ2_IEzg9AypEidb76tdJ6I-ARumV-4bLi0fG4sPnRV3ELtVHmK5mQB-POK2zv3lBd9yujpT0N6NN/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Talvez seja do capacete aberto ou da barba desgrenhada, mas seja como for o olhar deles provoca logo um ligação forte, um conforto instantâneo que nos deixa logo com vontade de parar e conversar... especialmente se houver chamuças por perto. Ai as chamuças, são a minha perdição, quanto mais tipos provo mais gosto, são de longe as melhores que já provei.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_90e5_8326_e012_f33b" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjARubfGEqUeVmTwu3TOsFzP5Ask3oHV1PRjLt3xD3hmrGqkvzCOKkNLZt3-XzKYyFRV62UpMZ-E-QicGQplAhTizQvIYuw1KqZJzxrficwz_KvE0-WRd8Lt2cRaT7eWogLzHFM/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Mas não são só as chamuças, a comida por aqui é muito boa, o peixe grelhado, o camarão, a fruta, os tomates... até os zebus são saborosos. Só o pão é que não é grande coisa, mas ainda bem, pão engorda ;) Gosto de provar tudo e normalmente o intestino não se queixa, mas acho que há dois dias abusei. Desde então que tenho de fazer mais paragem técnicas do que o habitual :)</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_e81d_333b_bd18_c2b8" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8qXiHwgWB8CK4ovSEis5JEebLouwkX0PvhWRd1MnbikB2Ew98U_hqAgICLMBnBT7UUqWqiP0FZgLAmbxD2ApNM5uwAHGtyA9zEW3qfDIB3Kbw3iFTpe-5hcM4QMUnmqSAkFxz/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Não me parece nada sério e olhando pelo lado positivo, até foi bom. Baixei o ritmo, paro mais vezes e com mais tempo para melhor apreciar as belas paisagens que me envolvem. Agora em vez de fazer 200kms em 4 horas, faço 250 num dia inteiro. Prefiro ver menos e bem do que tentar visitar tudo e só ver de raspão. Além disso já fiquei 2 dias parado porque simplesmente me apeteceu. Gostei tanto de Morondava e das montanhas de Ranomafana que decidi ficar mais uma noite.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_390d_d948_580d_7f19" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXAFoTltLHJHQ5r3-84tSa9BsZej7-gvyb_CRf-8LbVmyS4sV7mWmMoXRuBYnom2AmxVxwfULhs9Ue9cKpG-e-H6lZYvTbdlgqB1w6DZdxvv7f9q2DPMTfhlM9m5IuJfcPgbMt/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Apesar de ter baixado o ritmo já percorri 3 regiões completamente distintas em termos de paisagem. A cordilheira com picos de mais de 2600 metros que corta a ilha ao meio, de norte para sul, funciona como uma muralha que segura os ventos húmidos do indico a Este. O resultado são florestas tropicais de um lado, savana tipicamente africana do outro e uma espécie de clima mediterrâneo no planato do topo. Na verdade nada é típico por aqui, a savana em vez de acácias e erva alta e seca como no continente, tem palmeiras com formas estranhas, oásis de aspecto jurássico e pântanos, muitos pântanos. Até os famosos baobás têm o seu estilo pessoal, altos, impressionantemente altos e elegantes, exibindo uma imponência ainda maior do que os irmãos do continente. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_264a_1504_f2bb_cd42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_rFFYbv9Cx2v08QfvPUkGgTyR4KHbsQptrkwKVwLECTKErdFGtMNMOjiYwSo7TXQ1dMpiF4WVrbbqi811AjXt3MV_xojnVmMN4NZ1W2swM2Mw1k6i0s7FugRSznnaEJ7FVRw/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><br></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">No topo da cordilheira, onde ficam as mais importantes cidades e por onde serpenteia a única estrada asfaltada que liga toda a ilha de Norte a Sul, sente-se bem a influência humana. Há muito que as florestas foram cortadas e o terreno foi dominado pela agricultura. Quase não há árvores, mas os viçosos campos de arroz, cuidadosamente escavados em socalcos e enquadrados pelos picos de pedra nua das montanhas, dão um ar extraordinariamente harmonioso à paisagem. Talvez essa é a razão que levou a Unesco a classificar este maciço montanhoso como património da humanidade.</span></div><div><br><img id="id_cb9_3553_37bc_f95b" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqBT2ItFiJIre4dOnuh-WLdmFoJB5TBoTHV82anGhOMRFJulyuRcN8uKAXcKCmxcKmfbrxMX48G_dCnLlmBxTKgEFHlvO0s29cqHOV0CNq8daCSQy2xQ9uVHV20Nobu7qxDmWO/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 349px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Já na floresta que cobre o lado Este da cordilheira, o que se destaca são os vales estreitos abertos por rios violentos que descem dos 2000 aos 20 metros de altitude em pouco menos de 50 kms. Quase que dá para ver Lémures de uma encosta para a outra de tão estreitos que são os vales.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_41c3_2fa7_fd8d_878e" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_kLoGICuCKovyjuauetUo3hAbEgCIOl4Awl40csmIQxvVFL43PzwFtlLXzhyXT6jZsdsGa2WEdl5IBmm3gRNwqSTXINsBDuvejoRJbuH7yn_2E8JJxMsa-EAt4x-0mvXeLMOv/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Para chegar à entrada do Parque natural de Ranomafana, precisamente do lado Este da Cordilheira, saí do asfalto esburacado e decidi descer a montanha arriscando um atalho por pista. Eu sei, ideia parva não é.... primeiro porque a suspensão da Transalp já mostra o desgaste da sua idade e deve ter aí uns 4 cms de curso, segundo porque o condutor também já não é novo e chegou cheio de dor de rins de tentar andar de pé numa moto tão baixinha, terceiro porque tantos solavancos fizeram com que o guia lonely planet que tinha no bolso das calças caísse algures e quarto porque só um tipo meio parvo se mete sozinho a fazer pista no meio da selva africana, com pneus de ir ao morango, sem câmaras de ar suplentes e sem gps...</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_f1ab_78f9_2739_c587" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ZW9K9MjX6FReViXuySxFV9PHsuS3rUDDLmlln18MRdyZA2WHgzhjjiQAvuOGfkcGgbZC4S4W7BoBZz_BpTLvfnojrbbsYFsMLg3PwXvm_he_H2lWH5fROlbl7GP1tJQx0tNj/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sim, isto já foi aparentemente uma estrada e vem no mapa como “</span>route non goudronnée” e não, ainda não comprei as câmaras de ar suplentes... <span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Mas até nem foi mau de todo, dizem que Deus protege os audazes e também deve ter uma atenção especial com os parvos como eu, o certo é que chegámos, eu e a transalp, todos desconjuntados mas inteiros à entrada do Parque Natural. O guia é o menos, mas lá dentro tinha os autocolantes do Ace Cafe que comprei para dar ao meu irmão e ao meu primo Nuno... agora vai algum Lémure ficar com eles.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_401e_d43b_807d_7f60" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBQoaovEynp0zGWFz2fudJzJdXykVUv2WOXxRnaxTxXF8Z-MIRS3ZyS-pd8dB4tzZvEZZntS98DthBrkBPFJdmP5RgYgacp8n31xzYAu5Dj0ozSORrG1lon4g0R_HG1J7G7YsH/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">É precisamente atrás dos famoso Lémures que vou amanhã , por isso chega de escrever e toca a dormir que já são quase 9 da noite :)</span></div> Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-43142860340366836702018-04-30T06:42:00.001+01:002018-04-30T06:42:41.704+01:00Show me your baobab!<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Grita a japonesinha virando a t-shirt e posando para uma foto na Allé des Baobabs. Ou ela está há muito tempo em viagem ou trocou-se nos verbos... lol</span><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><br></span><div><img id="id_920_c9a3_4f91_a6b" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMteSLjMStLwaW4gL-h843KRSZNoEWYiv3i98Gy0OzCMXGKoxbK_GX3-tgW0IL8Fclv6bVoCqq0lNy4cfHVwv737N4BPCTvOzMUmBVMAucEprpZlJjRUv4knAlCXq55lgg3XcP/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Estou há dois dias em Madagascar, o oitavo continente como lhe chamam. Finalmente e depois de muitos atrasos por causa do ciclone cheguei a Tana, diminutivo de Antananarivo para os mais íntimos. A história do ciclone rendeu, acabei por chegar já passava da meia noite mas em contrapartida não me cobraram a alteração do bilhete que me permite agora ficar duas noites na ilha de Reunião no regresso. Tentei fazer isto pela internet em Lisboa mas ficava mais cara que o bilhete, decidi deixar a decisão para depois, aqui no balcão da companhia aérea. Graças ao ciclone a alteração ficou a custo zero. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><img id="id_e997_4bab_a1ec_7b49" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0PLSrTug3FHqLhUWPIsm8VvY9UsZa-IHGg8uvkzZE8UMNtuKyJYj3d4s05rE1S_fxof9jyNkvaLQ_dwEdhAM7O-GKzW51853tRgJf4lsS_xEjddYRRNLclg-ZmdI9bD5oKEO1/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Há minha espera tenho o Manfred e uma Transalp 600 de 86 com 226.310 quilómetros pronta a enfrentar as estradas de Madagascar. Pronta... ou quase, nos primeiros 200 quilómetros perdeu quase todos os parafusos da carenagem, a embraiagem já viu melhores dias e não trava! vai abrandando... Mas ok, afinal de contas é uma japonesa das boas e vai aguentar com certeza! O Manfred como bom alemão é precavido, dá-me um litro de óleo, duas manetes, um jogo de ferramentas e um spray anti furo, “all set Carlos, ready to go!!”</span><br><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_4821_9089_cbf8_f1a5" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPJU00sXxwpJEywEUtDE8cW-2LU492YEzsF89AqoHKyDgKd3xN_aT2Jkczz5Vmmo4DZFiqJHGyQ8re9w1PyuFqsYo49Huk9LGNliqrE4b7v5GVm5byKSKzoWvYrZsE6jvpuFRU/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>All set o catano amigo, empresta lá dois desmontas e uma bomba de ar que eu não confio nessas latas anti furo. Ele emprestou os desmontas mas não tem câmaras de ar, sem problema, compro no caminho. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_5aa2_4a5a_848b_b7a2" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5HuE5xFoTxfTeBeyTO8OOF5zh4PD2l5wqwEO2i2TRn5puf8YaJMxN_S-0_roXFrP62rGhyq9MES5dxvIgPKv1M2CPH0al5OJiksFb3W2gDcQl778SVB2BWGGH3A0BOZjCa6bP/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br><br>Simpaticamente acompanha-me à saída da cidades, sao 25 quilómetros dentro de um mercado tipicamente africano. Comida, camiões, motos, bicicletas e milhares de pessoas parece que se movem organizadamente como um cardume de peixes. Eu já conheço a experiência mas demora sempre um pouco a apanhar o ritmo africano.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_e379_df58_de10_6197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpSR0Mg3pKmGZo2P1IdU7GxS_dZnE8NpxtcTKYP17KCIeu2-XJGejhLwNQS3fCCYv03HpEbh101oJU_NXjOBvSUrlSWFGMZCN48vh8JUUSaruQHXKmPZEB7iuKqlm6-euouOLb/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>Finalmente em Africa! As Maurícias e Reunião até podem pertencer ao continente mãe mas há muito que perderam a energia africana. Aqui não! Aqui é Africa pura, com tudo o que isso tem de bom e de menos bom também. O primeiro dia de estrada é pra aclimatar a tudo, do calo do rolamento de direção aos buracos na estrada, do trânsito ao frio... Sim frio! A ilha tem como uma espinha dorsal. Uma mega cordilheira que se estende do Norte a Sul e onde ficam instaladas as maiores cidades. Antsirabe onde termino o primeiro dia fica a pouco mais de 2000 metros de altitude.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span><img id="id_989c_9f90_870d_1338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwI3NlrCfH9sLMHTKT1jKn99C1E9roI4il0WrVAMmi5TVjLCRfhaeVdRErtc1jpIFdsvrJ-TAnVScDLom9Ycg4lCv-3QqDgNfPVxVbM1CKoolyB1ifBUpVtFsiEv2JD-SLv2vw/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>Pelo caminho chamou-me a atenção um sinal de um restaurante com aquele tipico sinal do boi com as cores espanholas. Paro e conheço o Xavier, um ex-missionário da Murcia que se apaixonou por uma local e se ficou por aqui. Já la vão 25 anos diz ele saudoso, “mas nao consigo voltar a Espanha, já tentei mas não me adapto! Isto é uma terra maravilhosa, gente boa e não nos matamos a trabalhar, temos tempo.” Eu vejo o meu tempo escassear, já passa das 3 da tarde, ainda faltam 100kms e ainda nem almocei. Peço umas tapas ao Xavier convencido que tem lá dentro uma reserva de presunto ou enchidos da Murcia... “te gusta ranas? Son grandes y buenas, aqui hay muchas!” Ok Xavier trás lá as rãs.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span><img id="id_67fa_3073_f1a4_aab1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgniwWLUrj_JEsR4aeuSGXUVBQkfa_sZHvyD92gpUFE15ohiI7JnEE8DLTxI34N5CpAtu2cam-xZ2KNMEceS6ZAvDob9YEKbGUSHOdBIedSSNNW5T_kIBzCt2mAu7N6PmRgflcl/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>Estavam boas, assim como estava a conversa com o Xavier que conhece tudo nesta ilha continente, mas atrasei-me e chego mesmo no limite do lusco fusco. Não há luz na rua, só em casas e nas bancas de rua que vendem comida. Dizem que esta é uma das cidades onde se pode arranjar a logística para descer o rio Tsiribihina de piroga. São dois dias rio abaixo e parece boa ideia.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span><img id="id_4ee5_b8bf_c143_92e" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJ338VFlkl0z9RRukRLxL7xsPPMqdoEJPX3pV_OQHTwyL-Uv1qmOLb0cfGEyJ4lyzKwOprupRO_HrSNzre4V5KUzJNZY6qnqnmhPP7k2VRf6rgbch7TCbMt-5V1XRTTWlKx8_/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>Não tenho sorte, sozinho fica absurdamente caro e não há grupos previstos para os próximos dias. Isto de viajar sozinho nem sempre é bom... Mas como o que não tem remédio remediado está, vamos acordar cedinho e descer o rio pela margem, na estrada que o acompanha até à costa do Canal de Moçambique.<br><br></span><img id="id_2df5_a001_d146_ebb9" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqlqy9t7roMZUoRrpJ6NPoFqyGyDndSEJ5W742pGHDeYNRxtpr8mn-6-zLeKqmXt2xoNgyZJqrtRCpxe-kWxms1q-5E2NmcstonztVf10rr4nbtardmSP_WOHegueAyNskNC1R/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>É isso que faço no dia seguinte, já mais acostumado à moto e às estradas devoro os primeiros 200km em quatro horas e desço a montanha até Miandrivazo. Sim 200kms em 4 horas é uma boa média nestas estradas! <br>É aqui que fica a estação onde se costumam apanhar as pirogas. Enquanto provo um peixe do rio grelhado (feio como tudo, mas saboroso..) tento mais uma vez uma piroga baratinha mas continuo sem sorte. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><img id="id_c671_105e_f6d8_ac25" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHfVe8iZJpDjr_eepCs7xRHNZYHZzyyu7CD1GAS-dPS4vCXP5W0rN8VOdty87wO8ibRbTEZ1F6DpRoksBDzdoZm8BZstY7Nq-CsAmihpNKfZfxkc1hqWcBnWoe4KyNajDuX04a/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sigo para sul acompanhando os braços do rio, vales enormes e abertos com as montanhas ao fundo. Aqui em baixo o calor aperta, devem estar perto dos 40 graus e parado não se aguenta. Conforme vou avançando vão diminuindo as povoaçoes, a paisagem fica menos rural, com palmeiras de aspecto estranho e pântanos a perder de vista. O sol já começa a ficar dourado quando vejo primeiro baobab ao longe. Não estava previsto para hoje mas talvez consiga chegar à Allée des Baobab a tempo do pôr do sol. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><br></span></div><div><img id="id_fb2d_8564_29b5_5577" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5JTFpfUcKaENOGUMCcesesd3XLPZg58Fwn4FpGFh58cfSxVBMAswy1QtSXLzUkEpLW_Xu8dS3epeLUOM2Ue_WIHkJmKlNGVmx6pL8V7Ew3ovIMjeDlIhKyiarUIqhXl9jiqXX/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><br></span><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br>E cheguei! Foi lá que conheci a Keiro, a japonesa que queria ver o meu baobab... ou melhor, que queria mostrar-me o baobab dela... não! O que ela queria dizer mesmo, era que eu tirasse um fotografia dela com a t-shirt de Baobab junto à moto. Mentes sujas!!</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br></span></div><div><img id="id_5bed_7e3f_8bf5_39b6" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5I2DpXQvQQDunzzOfnDcQhdSzeBNTtPC8St6EUqvnb358asgPLO48hY53_nTvEsSSOXpJUXkp7jgpEchnl74t-dw9EkPAHchzP6YvGxwJJ7c5PX8HOCiZAXHiTdqZrw7E_3ZQ/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><br><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ah é verdade, desculpem lá se os posts têm erros ortográficos ou gralhas mas eu faço isto no telemóvel antes de dormir e além de já estar com um olho para cada lado, não é facil escrever tanto nesta coisa tão pequenina. Não trago computador nem ipad, o telefone é a coisa mais tecnológica com que viajo e nem sempre tenho muita vontade de rever os textos, por isso vai mesmo assim :) </span></div></div></div></div>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-22286750003010558332018-04-27T19:09:00.001+01:002018-04-27T19:24:34.577+01:00A Ilha do Cirne <div style="margin: 0px;">
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Foi assim que a chamou Diogo Fernandes Pereira, o primeiro europeu a pisar as Maurícias em 1507. O marinheiro português não se demorou muito, fez um forte, colocou-a no mapa e seguiu caminho... um pouco como eu vou fazer 500 anos depois.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_1639_9120_4e98_ed96" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrv2tRSruJg6Z7Bc_8Wv1ah25GceMVBZ2HogFLq9JU-50qrFDgkGHBzN7T0w91XBIFa5xgaUmIynHT4-S_3KOeTCc5GtHfJNvQAuZd3f6ikbCx4uH9aWXFKhf1X4UP5-Fyk3b6/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /></div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">A ilha foi depois ocupada por holandeses, franceses e ingleses até conseguir a independência em 68. Toda a gente sabe que nenhum povo europeu gosta muito de vergar a mola, então todas estas nações colonizadoras trouxeram nativos das suas outras colónias para produzir a cana do açúcar que até hoje forra mais de metade da Ilha. O resultado desta mistura de escravos é um povo multi-cultural, multi-religioso, multi-étnico e multi-ligue que trouxe influência da Europa, Indonésia, Malásia, India e Africa continental.</span></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><img alt="" id="id_8ddc_3ebe_996a_d8c3" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX3hxaOjTEKlENf-ikbvwneziggFpEeVrk-BijcX03BMZtZukQIJxDqgxXlubj-jHpTeqqNKmA5gfdi7Vov-2xYmS2Xl0A3pkCU_R3O7gJGNuEsGq2dBKoOQWG_fPxuyCmim3F/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Até hoje ainda não decidiram se a língua oficial é inglês ou francês. Na indecisão acabam por sair a ganhar porque fazem parte da Commonwealth e da O.I Francófona... não são nada parvos! Quem me contou isto tudo foi o Michel que é o campeão de dominó e com o qual tive o prazer de perder, depois do primeiro mergulho no Indico.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_d701_e902_cf9a_b49b" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeRBqSk_sZAMMp2hzeG8-0AMt37x8NXxW5IJhsDy8E9kY-A8mTAXApjhzyN3Bl0jLHuehYN8QDSipyFpLHbQq0VlHCS2KFSgZqD11bzLh-R-H3DvadSWNiNVykPyJKrBUo4VD/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Cheguei cedo, o quarto da guestshouse que reservei antes de embarcar ainda não está pronto. Não faz mal! Com este mar não preciso de quarto tão depressa :)</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_8c04_80fa_3b5a_b7e4" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRAnbe7n1MnwmdcGU3CZJc3C24ou-5er6kbDAKYq5mZdNlQqWZAcG4WaoUp-Ybrtesp1Ehgz6JWXfnUU67Uac2LWJ3wUDc4htzuy9C8yiPfwu0hLHyHGtGo-FopJ62H04KdlcB/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O recife em frente à guest-house surpreendeu-me, está saudável e cheio de peixe. Passo uma hora na água deslumbrado com a variedade de corais e os sempre coloridos peixes do Indico. Reenergizado volto a terra e parto a pé em busca de uma moto. Não tenho sorte, está tudo alugado, scooters, motos e carros, só sobraram bicicletas.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_3bbc_1044_e9d6_93c3" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxYwOhSgM7B_q0uiH_IbC4ofjj96DjJ0O6LszNb_Nq6G3jQr1gavpv0bs7FJVaDvgpFSgzS4QAhTn9Pwuyo2-xpEy5odOx4yrCnB0q4I1fIJnVzVU2ZWLk1gpguaSlwACKvHxs/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">É numa delas que parto à descoberta da Blue Bay, uma enorme baía turquesa protegida por um recife ao largo, que refreia o ímpeto das ondas do Indico. As pedaladas não duram muito, a estrada termina nas pistas de areia fofa da reserva natural que delimita a baía. Volto para a praia onde compro umas frutas para almoçar. Ao meu lado duas francesas fazem o mesmo, meto conversa e pergunto se não querem partilhar um taxi para ir conhecer as montanhas. Não tenho sorte, é o ultimo dia delas e preferem ficar a torrar na praia.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_265b_991c_a6ed_4492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3AvUjG1FLzn-H6VsA6Bh_IpbMo5wHm8lqLNAQZQSW6XD8l89Mt3HwJ8B6ByqwfaX4lF_-TYMBkS-s7ckVtKZ9tzh9uLSg7CWbBuLP1k238SqavFlVOjmiKRX_iVJ-xQGbYnL3/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Eu não sou muito de ficar a torrar, procuro um passeio de barco mas só há para os recifes ali perto e para chegar a esses não preciso de barco, vou a nado. Há outros para uma reserva marítima numa ilhota de coral mas sozinho é muito caro, o mesmo acontece com o taxi que custa 100 euros para uma volta pelas montanhas. Puxo da arte de comerciante que o meu pai me ensinou e consigo que baixe até 50 euros, bora!</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_9d54_ef1d_d8d8_b16e" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqlZHEg_pc7nR8MywaEYvWLTNwvzq_AnbqaC4fIqAT9dhKldccBiky6CO1MPj8YJCBzLGziRMGm_0Fll3dE3GJ9bfWJwUl0u2UXc1asgaJizw7rTaruf6AyDGt8B434RSjkVSw/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">A maior parte das paragens turísticas são daquelas de encher chouriços, templos Indus, miradouros para a foto postal e mercados de souvenirs chineses sem grande interesse. No topo da montanha as coisas mudam. Floresta tropical luxuriante estende-se por picos e vales profundos. Cascatas altas precipitam-se para o abismo, iluminadas por um sol forte que ainda consegue furar as nuvens cada vez mais negras. Afinal parece que a ilha tem mais interesse alem das praias e dos recifes.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_1e0f_8bf_3030_fa8" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9wWSYeHRxPhJBttJrmWpGSP74RVNispaK4Weu9ejOeoZlSZzvFLJ47pki1VLv3yJ7Sq-38mwhofvCXGqkSUWga-v7mSFCQi3hofvK90KmPStPs8f_aAdWQrxFItiiClT0voR/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Faço uma caminhada de uma hora mas soube a pouco, quanto mais avanço mais interessante fica, vejo macacos, mais cascatas e finalmente a grande Black River Gorge em toda a sua impressionante dimensão. Estou no ponto mais alto da ilha. </span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_8a7a_c15b_fb4d_e183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ0P43QiOEdVj0KqGvOSlx4Azq-6s7yclRBT5sxrqQ4coKSwHsZXl9sGXBwvFN9oplu2obai4Ryp5Zc_4J7Q_KIc2tnaTVyhboyW7s9na2_cJGuKHO_GvHhDyJ10kXeFFRCifv/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Mas foi literalmente sol de pouca dura, as nuvens adensam-se, o céu fica negro e começa a chover torrencialmente. Típico dos trópicos penso eu. Gosto de ver a chuva forte tropical, é uma demonstração de natureza impressionante. Os coqueiros agarram-se com unhas e dentes para não serem arrancados pelas violentas rajadas, os recifes ao largo seguram as ondas gigantes enquanto a baía mantém as suas cores mas agora com aguas opacas e leitosas.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<img alt="" id="id_a8b3_473c_7ca8_92c4" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxh8PomGnuZF5I1uneGKU1h_ekdbnYixHnrZBnsPRfXaT_xfs56C3XrP2FI8_mMT7j5WqOxtwkcjluJp4aZ7KdN-8hZBm1n_II91dWombuPl7mHn0DdqjJkRAGiZQthoR8opj0/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Afinal é mesmo um ciclone e chama-se Fakir. Passou na ilha de Reunião onde parece que fez estragos e segue agora para a parte norte das Maurícias. Eu tenho voo marcado e sigo para o aeroporto, provavelmente não há voos mas só lá consigo noticias. O voo foi mesmo cancelado junto com todos os previstos para aquela manhã, dizem que talvez de noite ou amanhã... não tenho pressa, logo se vê.</span></div>
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<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span style="font-family: Arial;"><br /></span></span></div>
Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-27302410521483348902018-04-26T06:40:00.000+01:002018-04-26T06:40:17.943+01:00A rainha faz anos.<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Londres sempre foi uma caixinha de surpresas e desta vez não foi diferente. Afinal não é todos os dias que se acaba </span>num quarto com 5 mulheres, uma das quais profissional de dança no varão...<br />
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<img alt="" id="id_f53b_bdfe_51d6_300a" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKaDncBKUfbKo97bpt-J7WLNwZTPNQwI0sHD0eBbvncjkgd00ahTaJ87iSnCiK4q1VbsTeady57NREMn3xTVTX2GCZchK6nsqPJAEROy4D6yKV2t8hlT8VwmQfNBopK1Ybyw30/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Mas calma, nada de confusões! Tudo começou porque marquei uma cama num hostel em vez de um quarto num hotel. Os hostels são sempre bons locais para conhecer pessoas e uma excelente opção quando se viaja sozinho. Além de muito mais baratos servem bem o propósito de quem quer só uma cama confortável para dormir depois de passar o dia a viajar ou a explorar uma cidade.</div>
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Não esperava é me me colocassem num quarto misto. Não me estou a queixar, foi até bem mais agradável do que partilhar o quarto com backpackers que só tomam banho quando a rainha faz anos... e hoje, coincidência das coincidências a rainha faz mesmo anos. 92 mais precisamente.</div>
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<img alt="" id="id_1eff_1f89_2de0_7c4c" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif1yCgcRzwEkjlFa3G9dgQWTK1Fu7sPH9UGiqTU-tQjbIjWL7ZLta0y4tTbDsYxafg_Wz59eDYg7_Y_jH4smf9GkTS7bRtSK256NnC49cW-lT1Zu76RJj0jh_hMTGRAIjAbb0O/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Em resultado disso a cidade esta um caos, centenas de policias armados, barreiras anti veículos e ruas cortadas deixam bem claro que Londres não esqueceu os atentados recentes. Alem do aniversário da rainha também acontece a maratona de Londres e se umas ruas não estão cortadas por uma razão, as restantes estão pela outra.</div>
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<img alt="" id="id_80bd_dc25_7e8a_c2a9" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlnfnKzz-OBX2pP8-4gF0Wgjgq4jIghZqIbN7xhRBFrBwHTUGG9ZrXrvGj0Z1WVl88C5-3WoHugEmJDtBd-M_DwV1F9-4xDEW9QXXFgRmuIiTkTLEU3gMEr9ViBzEsu9j4_cx9/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /></div>
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Eu cheguei cedo, dei uma espreitadela à Tate, visitei umas lojas de fotografia velhas conhecidas na Oxford, almocei uns morangos no Hyde Park e tinha planos de visitar a Royal Geographical Society antes de chegar ao hostel. Este é daqueles lugares que não faz parte dos roteiros turisticos habituais, mas daqui partiram exploradores notáveis como <span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin" style="background-image: none; border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Charles Darwin">Darwin</a>, <a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/David_Livingstone" style="background-image: none; border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="David Livingstone">Livingstone</a>, <a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/Henry_Morton_Stanley" style="background-image: none; border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Henry Morton Stanley">Stanley</a>, <a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/Robert_Falcon_Scott" style="background-image: none; border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Robert Falcon Scott">Scott</a>, <a class="mw-redirect" href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/Sir_Ernest_Shackleton" style="background-image: none; border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Sir Ernest Shackleton">Shackleton</a>, <a href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/John_Hunt,_Baron_Hunt" style="background-image: none; border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="John Hunt, Baron Hunt">Hunt</a> e Edmund Hillary.</span></div>
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br />
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<img alt="" id="id_a7b6_4580_3712_6d8e" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXOhJHhwdmH4NT93xRi-JJwM5TMYBWdolbyPdC2wA2CDQ_znXvrUxwgAg0cHW0a992IvloeJYRT3SyudZwxijM1pn5ZaH9yr1jFribkBVEGzaxkvs7zJVfjU7xxM4EPdJFP59o/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br />
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<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Está um dia estranhamente solarengo para Londres, nem uma nuvem no céu e 22 graus que me castigaram enquanto pedalei estas voltas todas numa daquelas bicicletas de aluguer com a mochila às costas. Preciso de um banho... afinal de contas a rainha faz anos :)</span></div>
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Chego finalmente ao hostal e enquanto me preparo para o duche oiço um barulho e reparo que não estou sozinho no quarto. A Anitta, uma simpática e cansada moça húngara, descansa no topo de um treliche depois de um dia a caminhar por toda a cidade. Quando volto do duche a coitada da Anitta já dorme.</div>
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<img alt="" id="id_4625_81c2_8f67_db23" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdcRLI6Qbaidqlq3iS3vJPxcfdGcwG7Gh9vVic9vR410jlu3T-2ajbFtmZ4AZPjEgangi-X36TJUXzQO6W4ROQdUGA3JNoL-lQhrB4-S882sWfmJFCaAa9UC6D8REGAhF7O99g/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Eu saio para jantar no famoso Ace Café nos arrabaldes da segunda circular lá da zona.</div>
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O famoso Ace Café ainda tem aquela energia dos anos 40 e 60 quando era o ponto de encontro dos motociclistas rockers e racers de Londres. Vale a pena ficar a conhecer a historia deste marco motociclistico, mas não vão com excesso de expectativas :) O espaço é muito semelhante a um tipico café americano vintage com alguns toques british. Grande parte da comida é fast food. Comida boa, saborosa, caseira, mas fast food. Já a cerveja é grande, consistente e lenta...como deve ser uma Guiness no ponto :)</div>
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<img alt="" id="id_6a6a_e948_2b2e_4819" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjZ3ebsMG9045zA70phe04HhD35WAUsMFMNtfS5UYpJZtpK0vpsV-KqHlD4kLx6d0-6DMoR0vGYVi4L3gvyFtlFc5BvUfunUtlA5qhv9FX_jdL8H7Zt9ZrY9w5K2NgnkC053aM/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Uma loja de merchandising ajuda a fazer crescer a marca Ace Cafe que ja tem lojas em Orlando, Barcelona e... Pequim. Enfim é daqueles lugares icónicos que temos de visitar, mas uma vez deve chegar. Oxalá nao se torne uma espécie de Hard Rock Cafe e perca a alma que o tornou conhecido.</div>
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<img alt="" id="id_2a2e_c325_64ce_c404" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZAmFU9NADTj5C9ISD0JbjNHOeohSHXgoYpL_GjYwIGvvXb4RzQeJs2wFF6i1ssAZExQ8bNL2YHAIo62C0YQ9zCs78fYv6TzwVNrGIhCvSTALI6992iyvGsbtcG178byTqSlLb/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Volto para o hostal e o quarto ja está cheio, nao de gente mas de roupas, sapatos e maquiagem de duas teenagers inglesas que pelos vistos usam o hostal como camarim para as sua saidas de sabado à noite. Desço novamente, as miúdas precisam de privacidade e eu nao tenho sono. Na suposta sala de convicio do hostal ninguem convive... está todo agarrado ao Netflix que passa numa tela gigante. Isto dos hostels está mesmo mudado! Felizmente ao lado do hostal fica o Bar 190, um conhecido point onde vários musicos britanicos conviviam e muito nos loucos anos 60. Entre eles os jovens Rolling Stones que aqui apresentaram o seu album Beggars Banquet em 68. Termino a primeira noite da viagem a beber um gin no mesmo sofa onde o Sr Jagger e a sua gang devem ter tomado muitos. </div>
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<img alt="" id="id_4917_65ed_c60a_74f3" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrTR6ntnXWLoM04gsS3DsKD8-SCpNwlysHXVLdXxbrwA0-S6kM1gCPIYhHAdW1WWOpnkcNVoW5lN2SPbtPmYWq8Bio3OC74uSho1BsnKTIWoNtfjjMQ_xpy6kmnj8U3Bh9UZCb/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Sou o primeiro a acordar no quarto, dormi que nem um anjo e nem dei conta que entretanto chegaram mais vizinhos, 3 rapazes e 5 raparigas espalhados por beliches triplos. Fujo para o duche e preparo a mochila rapidamente para nao acordar ninguem. A Anitta aparece no pequeno almoço e simpaticamente faz-me companhia. Ficamos à conversa, é a sua primeira visita a Londres, trabalha como engenheira informática em Budapeste, é professora de pole dance e tambem tem voo as 6 da tarde como eu. Decidimos sair juntos e fugir para a outra margem do Tamisa onde não há maratona nem tanta confusão, ela quer ir à torre de Londres e eu à Tate Modern e fica tudo a caminho. </div>
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<img alt="" id="id_c04b_b840_df4c_4432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOvIVjsaze9cH_OFxqg5WBNu9UIMbuix2itaINBBycPcvgNY8QOmhrHJzXnp127IbnzgUR9L6JVbPhr5Qg65BxCzjWyL7f-NmdpNWgmfz_7JERuKD2twddXXdP382F4PF7btx/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /><br />
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Foi um excelente dia, nem eu fui à Tate nem ela foi à Torre mas pedalámos imenso, conversámos mais ainda e desfrutámos do raro sol londrino num piquenique descontraido junto ao rio. Trocamos telefones e despedimo-nos com promessas de visitas a Budapeste e a Lisboa. </div>
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<img alt="" id="id_f17d_3659_5534_1f81" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW6BJe_JDh6NqqLtUj4G8-vgtlFC-gVAu5LIP2Ux_kqfrvKimKACflH7FXF_1FQXJdWJugwn86o27PBnh2gjBAyaFV-ATB6AMGSM_IXdD_FbRUbM0C-OuLqZywh03J-6II6cvC/s5000/%255BUNSET%255D" style="height: auto; width: 353px;" title="" tooltip="" /></div>
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Isto é uma das coisas que as viagens tem de melhor, as amizades simples e desinteressadas que ganhamos pelo caminho. Foi um bom inicio de viagem, agora vamos lá enfrentar um voo de 12 horas...</div>
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Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-52121372472192269652018-04-24T18:49:00.001+01:002018-04-25T07:17:38.822+01:00Voltou o desassossego..<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Sabem o que pode acontecer quando se está no meio de um ciclone, presos horas e horas num aeroporto perdido algures no Indico? Tricam-se umas chamuças locais, bebe-se uma cerveja... e ficamos com uma vontade súbita de escrever num blogue que já tem 14 anos e não vê uma linha nova há mais de quatro :) </span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><img id="id_4e53_6016_14a3_6053" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgarDyDDad2EpfBk5GiccrhSeeux06KDi2dXoLrVlX-cuTfpxZeJnyC_TOdzEFjU9b1ZLjLy6nLIE2fNkRv1TLn4BMlClM9RgFy4u-E4wElrZmlOhMSDpTlJlx9QMH9j2gMa5VL/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Bom, para começar tenho que confessar que esta viagem não foi propriamente planeada... </span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">A verdade é que depois do ano passado nunca mais me voltei a entusiasmar sériamente com viagens. </span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br></div>
</div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Ok, dei uma volta pela California e parques do Oeste Americano, fui à Alemanha, a São Tomé e a Roma, mas sempre com um sentimento estranho que me deixava pouco emotivo e até algo desinteressado. Estava como que dormente, sem vontade de nada... precisava de ter algo que me voltasse a despertar o verdadeiro interesse por viajar, por explorar, por descobrir... enfim algo que me desassossegasse. </span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><img id="id_ae18_74a9_fab7_cee7" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3GNIs4oV6zz_em8P1wHu0RTYdcl-VcvdyTYzyJTDPlQcaDTddac0BhEYRprSgFmEnOYypDFUyuak670-f7cJLY-3KhBrpDJ_GtXsLp-ixGI138hjQdF8vhOf0pTPqfdjc0-5v/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div>
<div style="font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font size="5" face="Arial">Por isso e sem nada de específico na cabeça, deambulei pela net aos serões à procura de voos económicos. Buscava algo desconhecido, de preferência com mar e algures perto do equador :)</font></span></div><div style="font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font size="5" face="Arial"><br></font></span></div><div style="font-stretch: normal; line-height: normal;"><img id="id_c59c_fa41_d2e1_d290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh11FwkmEQid_cyW0X5P5ezEpowb4CbX2QaerPkPOyCKf4ifN66Tf00qu_mGBnr6PN80BbcAwzpQAb1bQZpu8SIFx7wHMHaxMjoFhNqw2ZONOZJ9NPV6ZE3argGfFoEbDOUGItD/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><font size="5" face="Arial"><br></font></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Encontrei uma opção porreira! Miami, voo direto de Lisboa que com uma ligação barata, me deixava em Porto Rico. Lí algures que por aqueles lados não é difícil encontrar espaço num veleiro para ir descendo pelas ilhas virgens Britânicas, Antigua, Barbados... quando acabasse o tempo um voo de regresso a Miami não deve ser nenhum fortuna. </span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Deparei-me também com outra opção que me dava a possibilidade de conhecer um outro lugar que sempre me entusiasmou, Madagáscar. </span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<img id="id_c94d_10f3_c91b_65f9" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht6zY-D97Yn9_aXglxeKWYd5xn8COWE-afvi7TnmXD24vxraw8lS8fWpBokhEHzN1HwctfmQVSCed8K48QzjukrtP3W32RGEdNEQsCKyJZ5Jw7pQCdi76ukF4GjPUt8bMi_C_Q/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><br><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">A bem da verdade o voo não era pra Madagáscar, era para as Maurícias... Não sou grande fãn de ficar parado na praia mas por pouco mais €300 não seria assim um grande sacrificio :) Mais alguns serões de investigação e descobri um voo local para Madagáscar com escala na Ilha Reuniao que encaixava nas datas por apenas €150. Já tinha contactos antigos para conseguir uma moto em Madagascar e tenho amigos com moto na Ilha Reunião... está feita a escolha!</span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><img id="id_9750_59a4_23d2_87e0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZrFYZWwGlkDihNM2R9xpwMQ48QCSXmzmYTUwHD8icfoi6mGVJ5Zc2kz31VaI4HQm9N7Mml3SEWiQVn6IjasobbapbgYx0GRUM3pw2dJXbtTNDFlwk6UBPWkL7hMC2ddBM2AWG/s5000/%255BUNSET%255D" alt="" title="" tooltip="" style="width: 353px; height: auto;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div><div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;"><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">O voo para as Maurícias começa em Londres mas nem isso me deixou indeciso, aproveito para matar saudades da cidade e explorar uns lugares longe dos pontos turisticos.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Sabem aquela ansiedade interminável que nos põe à procura de mapas e informações na internet? Aquele bichinho na barriga que não nos deixa descansados enquanto não partimos? Pois é parece que voltou! </span></div>
Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-34043825450212882322014-09-25T17:45:00.002+01:002016-02-10T12:07:00.067+00:00No reino do Sião<div style="font-family: UICTFontTextStyleBody;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju9ZvhjiMqFY61BYNm5f5DgaGyIsFEEoRHOJL6VpT4NgcmwpnLx_x53BqtcyRZUDZNpU_aQ9IYKLnQRLMKf-VvpkKtLaJFt_Of42aZF1eCzQITp7ECSVz8OHrSqruqwMo_6Wac/s640/blogger-image-232532376.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju9ZvhjiMqFY61BYNm5f5DgaGyIsFEEoRHOJL6VpT4NgcmwpnLx_x53BqtcyRZUDZNpU_aQ9IYKLnQRLMKf-VvpkKtLaJFt_Of42aZF1eCzQITp7ECSVz8OHrSqruqwMo_6Wac/s640/blogger-image-232532376.jpg"></a></div></div></div><div style="font-family: UICTFontTextStyleBody;"><br></div><div><span style="font-family: Arial;">O Eslovaco tinha razão, a Tailândia é realmente mais fresca! Na verdade não é assim literalmente, o computador da moto continua a dizer que estão 35 graus mas a sensação é de bem menos. Continuamos a ritmo acelerado, o Sunny marca o passo nos seus habituais 120 em permanente gincana entre scooters, carros, camiões e animais.</span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhQ-5H-Bb_t1k0EIYkpL_VjBTYCG-Z_7-PaslnupbtK6zXpU8EimnOY573X5TfbxYw1wRwV01CydLH_4KxE8kkawZqo-Q1wjK5NQZemSGXxHG7r7xH-H3zkLli-wlOcHO-sztg/s640/blogger-image--1839745488.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhQ-5H-Bb_t1k0EIYkpL_VjBTYCG-Z_7-PaslnupbtK6zXpU8EimnOY573X5TfbxYw1wRwV01CydLH_4KxE8kkawZqo-Q1wjK5NQZemSGXxHG7r7xH-H3zkLli-wlOcHO-sztg/s640/blogger-image--1839745488.jpg"></a></div></div></span><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">Nós finalmente aclimatamos. Já acordamos naturalmente cedo, sem aquela sensação de que estamos a acordar às 3 da manha para andar de moto.</span> Avançamos para Norte pelo <span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">meio das montanhas de "limestone" que tanto caraterizam esta região do planeta, evitamos a cidade de Krabi e seguimos para uma pequena e bem mais pacata baía a norte da cidade.</span></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><br></div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6ktcuIvVBptmTAOZeURQT1cjG6KuO0diwx7pYVRoVPXRbs033_hSkQ6q1ogFg6xQ8LehX9FPwgZFV6vhc25T1RHYRMKmKUjkixYyoiUnhUO7IHJxXq4c-Smxd0w65iZNDvHBO/s640/blogger-image--1544269318.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6ktcuIvVBptmTAOZeURQT1cjG6KuO0diwx7pYVRoVPXRbs033_hSkQ6q1ogFg6xQ8LehX9FPwgZFV6vhc25T1RHYRMKmKUjkixYyoiUnhUO7IHJxXq4c-Smxd0w65iZNDvHBO/s640/blogger-image--1544269318.jpg"></a></div></div></div></div></span><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">Um almoço grandioso pede o primeiro mergulho da viagem na praia bem em frente do restaurante. É nesta baía povoada por milhares de pequenas ilhas que saltam acima da linha de agua que fica a tantas vezes fotografada Ilha do James Bond </span><b style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; vertical-align: baseline; background-image: none; box-sizing: border-box; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Ko Khao Phing Kan, </b><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">famosa depois do filme "The man with the golden gun" gravado aqui à 40 anos atras. </span></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6mpdRAKGCadB3AT9NXZZD1LFAl7zZkAkPO0zxc7aKyobDuGks7v0WHhqiY6cOzCCYQGNdiHMeSnqIvEDHPFEMQ_tOsSaHt-NfYEkUOgiuYo5FQ0tN5lCiNtZsQzUJVTEnVBfi/s640/blogger-image--488757367.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6mpdRAKGCadB3AT9NXZZD1LFAl7zZkAkPO0zxc7aKyobDuGks7v0WHhqiY6cOzCCYQGNdiHMeSnqIvEDHPFEMQ_tOsSaHt-NfYEkUOgiuYo5FQ0tN5lCiNtZsQzUJVTEnVBfi/s640/blogger-image--488757367.jpg"></a></div></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"></span><br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">Tem de ficar para depois, vamos adiar para a descida, o objectivo do dia é Rangon, a cidade fronteiriça que nos vai servir de base para tentar a entrada no Myanmar. A estrada corta a floresta tropical por entre as montanhas do Parque Natural de </span><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">Si Phang-Nga.</span></span></div><div><font size="3" style="font-family: Arial;"><br></font></div><div><span style="font-family: Arial;"><font size="3"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiSjdgGqm260U-V2gPFYJDefg66XQYzz-jkdAW58ilNbdlGuFVvHbyDDx88sFJp9Yh6ynaklUGpwOfkZxgGpgiYrV184mOiKi87hEnVZ7iw17pUmbtyLPxTG8-nWKQzxTLynMv/s640/blogger-image-2016975592.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiSjdgGqm260U-V2gPFYJDefg66XQYzz-jkdAW58ilNbdlGuFVvHbyDDx88sFJp9Yh6ynaklUGpwOfkZxgGpgiYrV184mOiKi87hEnVZ7iw17pUmbtyLPxTG8-nWKQzxTLynMv/s640/blogger-image-2016975592.jpg"></a></div></font><br>Como é normal numa floresta húmida... está húmido :) nuvem cobrem os cumes e uma neblina espessa sai do asfalto como se estivesse a transpirar. No ponto mais alto reencontramos o sol que acaricia um modesto templo com um Buda negro. Do lado uma torre permite subir mais um pouco e apreciar a vista acima da copa da floresta.</span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGEPhUnvPnVSXTJPeo6O2yBYJEm3ApIyaq2UYDozIP_KEGYFh1roseqtSry7ZaR_mSC2kM3u-jt83HDJshMsTVbLmv_xE52xmCsLewCP1Sl4M-k941XOXmmuG8KQk-_hHK2Pg9/s640/blogger-image-1739678186.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGEPhUnvPnVSXTJPeo6O2yBYJEm3ApIyaq2UYDozIP_KEGYFh1roseqtSry7ZaR_mSC2kM3u-jt83HDJshMsTVbLmv_xE52xmCsLewCP1Sl4M-k941XOXmmuG8KQk-_hHK2Pg9/s640/blogger-image-1739678186.jpg"></a></div></span><br>A respiração acalma, com compassos longos e profundos inspiramos longamente os odores da terra húmida e pela primeira vez nesta viagem sinto a paz e tranquilidade. É por momentos destes que sou tão viciado em viajar.</span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMlDNN0MpL_STHUFxlIRzAQdeipOmoUWJlmtFbFlhrxzuBDzV6gsAR6MF6KIlzv7Buj1Bizs92_0I8MdzC3xcC5zLJydeSZS5xnyHc4QHr8N6Ak7P0QRxXVC2oLh5GQcB4g531/s640/blogger-image--1776328135.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMlDNN0MpL_STHUFxlIRzAQdeipOmoUWJlmtFbFlhrxzuBDzV6gsAR6MF6KIlzv7Buj1Bizs92_0I8MdzC3xcC5zLJydeSZS5xnyHc4QHr8N6Ak7P0QRxXVC2oLh5GQcB4g531/s640/blogger-image--1776328135.jpg"></a></div></div></div></span><br>O momento Zen somado com o mergulho depois do almoço torna definitiva a nossa entrada em modo "vadios" ;) deixamos de viajar e passamos a vadiar. Os condutores kamicazes, as scooters e as manobras intempestivas dos outros condutores passam a ser administradas com muito menos ansiedade... Tudo parece que diminuiu de velocidade, como se tivéssemos mudado de rotação de um gira discos para Long Play.<br><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"></span><br></span><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHp7BfncmHeuUjrillzGVHVk5RV_8CK_e-D5-iMmwqNobhD8yE0FEo0ec8ZyC5NNTOk98lW5JvKT_5-V7EM0FLUeoOuD4AFwqulXrEf3vUIdMC3QsdkSl06SRbpAb1PZwT-iWB/s640/blogger-image--2098050855.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; font-family: Arial;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHp7BfncmHeuUjrillzGVHVk5RV_8CK_e-D5-iMmwqNobhD8yE0FEo0ec8ZyC5NNTOk98lW5JvKT_5-V7EM0FLUeoOuD4AFwqulXrEf3vUIdMC3QsdkSl06SRbpAb1PZwT-iWB/s640/blogger-image--2098050855.jpg"></a></div><span style="font-family: Arial;"><br>Tudo nos parece agora perfeito, até a chuva tropical que nos recebe nos últimos quilómetros antes de chegar a Rangon. Paramos, protegemos passaportes, gadjets e documentos em lugar seco e seguimos viagem sentindo a chuva quente escorrer por dentro do casaco aberto. Está-se bem!</span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLw9nD6Xhlmwz0AjlVkp8X4zOdI9fDRKP2PpMzVSAJkYnm6B7H-J8Bd3d7W-Eez1im6djtqsaqMGLgmWQn5nL2FmR3DvmlZzrxdfDAN1uA8E9_C-uwcwnsWx2tclTtiveMxz6J/s640/blogger-image-1535937411.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLw9nD6Xhlmwz0AjlVkp8X4zOdI9fDRKP2PpMzVSAJkYnm6B7H-J8Bd3d7W-Eez1im6djtqsaqMGLgmWQn5nL2FmR3DvmlZzrxdfDAN1uA8E9_C-uwcwnsWx2tclTtiveMxz6J/s640/blogger-image-1535937411.jpg"></a></div></span><br>Rangon recebe-nos em festa, é a semana das festas da comunidade chinesa e toda a cidade está decorada a rigor. Rigoroso parecia também o policia que nos mandou parar num controlo de estrada a escassos metros do nosso hotel. "International drivers license please", chiça acertou em cheio com a única coisa que eu não tenho.</span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcykgPXAixZsOnM5NHh4ZKLZ64B8lRx3JZ_ikp5WoZcTdQ04ZujGXFZM_7RS0g46MyetCpzUOl5pbdBjxeZOprTEXpN1bkqWLGyMeF6Aeq18AJaUnfi15DZ-0_vcYsEZHjykWL/s640/blogger-image-1255629752.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcykgPXAixZsOnM5NHh4ZKLZ64B8lRx3JZ_ikp5WoZcTdQ04ZujGXFZM_7RS0g46MyetCpzUOl5pbdBjxeZOprTEXpN1bkqWLGyMeF6Aeq18AJaUnfi15DZ-0_vcYsEZHjykWL/s640/blogger-image-1255629752.jpg"></a></div></div></span><br>No worries, sorrisos, gestos cordiais e muitos <span style="text-align: justify; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Sawasdee</span> depois (saudação em thai) a minha carta portuguesa passa a ser válida :) Agora é tempo de descansar que amanha é um importante, vamos tentar entrar no Birmânia, Myanmar ou Burma, como preferirem chamar à antiga provicia do Reino do Sião que fica do lado de lá deste canal do Mar de Andaman. </span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBUAJMoAOTvnG6AdaYEP1-O_jqXxxCYdkT6jU8nTUo7llyA8W1sO_RNVq9JhOuyATwUPyegrw_tRzcSb-fYl3LCVdpQZw8tqaSykEN_vtUaX5JKlE-9UxtfnIilE0yk0Rw4ZY/s640/blogger-image--739468483.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; font-family: Arial;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBUAJMoAOTvnG6AdaYEP1-O_jqXxxCYdkT6jU8nTUo7llyA8W1sO_RNVq9JhOuyATwUPyegrw_tRzcSb-fYl3LCVdpQZw8tqaSykEN_vtUaX5JKlE-9UxtfnIilE0yk0Rw4ZY/s640/blogger-image--739468483.jpg"></a></div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><br>Enviado do meu iPad</span></div>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-76343371439245776462014-09-23T18:01:00.001+01:002014-09-24T12:25:37.604+01:00Sunny 120O Sunny e Fadzil vão nos acompanhar ate à Tailandia, o Sunny tem uns contactos na fronteira com o Myanmar e nós vamos tentar atravessar para lá, inshala. O plano é subir rapido e depois descer de volta para sul num zigue zague mais calmo entre a costa do mar de Andaman e o Golfo do Sião.<div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYRqT_Is_darlFwZheNUQmumIR2Gre0Nr48WF0QDYLeSo8V1tg20d1kKrSa0DkKEQOSoJvlXndK8dsIUCvJMsUQ3EUbPq80XRJ6frJkV8PKOj9cXMSsEwBFJ_ag5nqOQb7bcKB/s640/blogger-image--1426585822.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYRqT_Is_darlFwZheNUQmumIR2Gre0Nr48WF0QDYLeSo8V1tg20d1kKrSa0DkKEQOSoJvlXndK8dsIUCvJMsUQ3EUbPq80XRJ6frJkV8PKOj9cXMSsEwBFJ_ag5nqOQb7bcKB/s640/blogger-image--1426585822.jpg"></a></div></div><div><br></div><div>Ja viajei com o Sunny mas ele ia comportado porque era o meu territorio, agora a situaçao é inversa, estou nos seus dominios e quem manda é ele. E manda bem, manda aliás muito bem, uma conduçao certinha sempre, mas sempre a 120.</div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">Não importa se há transito, se há chuva, se há cidades, é sempre a 120... Parece alguem que eu conheço aí de Portugal que diz q tb nunca passa dos 120 ;)</span></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><br></span></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT3_N3iKSgtKxIcSaSFbuDDfgB2BuggoWoKkv4p374BC_BxhBJx9F7w4KuTBkp_mH-XVmXO7vasqk-Jjwm4_XlWeNA1Lsg377xqzKB4MoA4WOBEMUfmVMEuec2cae_1KETS6_m/s640/blogger-image--420224746.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT3_N3iKSgtKxIcSaSFbuDDfgB2BuggoWoKkv4p374BC_BxhBJx9F7w4KuTBkp_mH-XVmXO7vasqk-Jjwm4_XlWeNA1Lsg377xqzKB4MoA4WOBEMUfmVMEuec2cae_1KETS6_m/s640/blogger-image--420224746.jpg"></a></div><br></div></div></div></span></div><div>Mas aqui é demais, muito acima da velocidade sensata quando os outros condutores acham que os piscas e os espelhos sao meros acessorios decorativos :) Nunca me deparei com tamanha confusao nas estradas, as milhares de scooters vindas de todas as direcoes tb nao ajudam a montar uma imagem ordenada do quer que seja... Risco continuos, duplos continuos e até separadores em zebra delimitando as faixas nas cidades sao absolutamente ignorados por estes condutores alucionados.</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicBc6q4hyphenhyphenSl3UMqNyCtcAtEm8fIAyawejaoBjnYzA-1Rq5kb60oZdJhyphenhyphenpEMPQqz_sRpdw-cB_DlNsAbWRSiVJDnBqon_qIjcD1JbzH1ZPZ7Fq_4k1tbLdmxz4-kEq3uAd7QOAI/s640/blogger-image-830057775.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicBc6q4hyphenhyphenSl3UMqNyCtcAtEm8fIAyawejaoBjnYzA-1Rq5kb60oZdJhyphenhyphenpEMPQqz_sRpdw-cB_DlNsAbWRSiVJDnBqon_qIjcD1JbzH1ZPZ7Fq_4k1tbLdmxz4-kEq3uAd7QOAI/s640/blogger-image-830057775.jpg"></a></div><br></div><div>Ultrapassam pela esquerda, pela direita, por onde há uma nesga de espaço, sao totalmente imprevisiveis e quando menos se espera invertem o sentido e viram aleatoriamente sem qualquer ameaça previa, viram e pronto. Outra coisa curiosa é os separadores das vias rápidas, duas faixas para cada lado e um separador de relva no meio, um obstaculo que os locais devem achar algo despropositado e até perigoso, impedindo-os de fazer inversão rapidamente sem subir e descer passeios e pisar relva.</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj97qSjuMLvs9bi80nj2k1xIuieaefw7Xnx1HuBhi4zDYgqeoDo4ALruwd-qFVIvBo0kOiQ7yta6n9R5SB-fQTV0HBW3pKxIHSS4nZZ1MnQiQKi_tYSw8hp89I-ARtErDPBB8g0/s640/blogger-image--1754902249.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj97qSjuMLvs9bi80nj2k1xIuieaefw7Xnx1HuBhi4zDYgqeoDo4ALruwd-qFVIvBo0kOiQ7yta6n9R5SB-fQTV0HBW3pKxIHSS4nZZ1MnQiQKi_tYSw8hp89I-ARtErDPBB8g0/s640/blogger-image--1754902249.jpg"></a></div><br></div><div>Por entre eles Sunny e Fadzil avançam nos seu 120 fixos, tranquilos, como se nada fosse. Eu já apanhei alguns sustos e demoro mais, tento prever as manobras mais inuzitadas possiveis e só depois avanco para a ultrapassagem. O Sunny em algumas coisas faz-me lembrar o meu amigo Teles, pode estar a chover, pode não haver nada para ver nem gasolina para meter, mas a cada hora tem de parar para fumar ;) smooke, ride and eat, that what we do!</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiui6rrfhG35XKmvMr_sr18CAZJWSBJF3P_DiuaHNbXSp_Hp6OwTNHVCes_aszR42bFTeKM9Wfvrgb6rKHfMeta74xPQFM07imkBaD1kTWAhe2upsYmC-xDEOKjbLVPw_3W80tw/s640/blogger-image-1877010049.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiui6rrfhG35XKmvMr_sr18CAZJWSBJF3P_DiuaHNbXSp_Hp6OwTNHVCes_aszR42bFTeKM9Wfvrgb6rKHfMeta74xPQFM07imkBaD1kTWAhe2upsYmC-xDEOKjbLVPw_3W80tw/s640/blogger-image-1877010049.jpg"></a></div></div><div><br></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">Mas nem tudo é assim tão mau, a gasolina custa 0,20€ o litro e as motos nao pagam portagens nem sao alvo de inspeçao pela policia, quanto ao resto, é ganhar as manhas locais e andar sempre de olhos bem abertos ;)</span></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><br></span></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW0yZuwxeJVFrMaRVFz0911seGpvPdVSXb9mVpPJIJ8z2bA9aP_0kARomSQhkWaXG_0YB9Qs9EVpWO81bsBGyhGrP6PvxCpFYlOVjAw_OcrQvmSkTGUX9P85e2K1oSLMvXXxlX/s640/blogger-image--1149517518.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW0yZuwxeJVFrMaRVFz0911seGpvPdVSXb9mVpPJIJ8z2bA9aP_0kARomSQhkWaXG_0YB9Qs9EVpWO81bsBGyhGrP6PvxCpFYlOVjAw_OcrQvmSkTGUX9P85e2K1oSLMvXXxlX/s640/blogger-image--1149517518.jpg"></a></div></span></div><div><br></div><div>Os almoços sao simples e deliciosos, mercados de rua, restaurantes familiares, a cozinha daqui é qualquer coisa de divinal para quem como eu gosta (muito) de picante. </div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2R7DqCNMbJi3_4uKOfpbBlzUD2CQXlkHktVO7LXMCzRG8G0yNyUODJjcd-6l_UplGYQ0VnIEqRtVhyphenhypheniUFiPLviDW8YLz2yt10A2jn9K0x7kRJZtbE-TN79WhsIAdnEpUGCl8E/s640/blogger-image--117806616.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2R7DqCNMbJi3_4uKOfpbBlzUD2CQXlkHktVO7LXMCzRG8G0yNyUODJjcd-6l_UplGYQ0VnIEqRtVhyphenhypheniUFiPLviDW8YLz2yt10A2jn9K0x7kRJZtbE-TN79WhsIAdnEpUGCl8E/s640/blogger-image--117806616.jpg"></a></div></div><br></div><div>Avançamos rapidamente para norte e chegamos ja no fim de tarde à fronteira da Tailandia onde a paisagem muda radicalmente, das suaves montanhas malaias para os picos de rocha que surgem do meio da floresta tropical. A temperatura mantem-se nos 35 graus, mas a sensaçao termica baixa bastante, ficando bem mais agradavel.</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnUshI8jIf8rKaAaRCAVCf6dl8M8TTVpLeTi8H2DCwBFfJQVXYEhUDS7X9doKbrFdar5jVF8meFn5LlwTfZ-ENLOZQT4E8PT-MJTTz8Ea1R_rX2P_U9cu8Yt9FYm4nqS86O9r7/s640/blogger-image--672439298.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnUshI8jIf8rKaAaRCAVCf6dl8M8TTVpLeTi8H2DCwBFfJQVXYEhUDS7X9doKbrFdar5jVF8meFn5LlwTfZ-ENLOZQT4E8PT-MJTTz8Ea1R_rX2P_U9cu8Yt9FYm4nqS86O9r7/s640/blogger-image--672439298.jpg"></a></div></div><div><br></div><div>Encontramos um Eslovaco na fronteira que diz que a Malasia é um forno comparada com a Tailandia, espero que seja verdade.<br><div><br></div></div></div>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-84174188182208682862014-09-23T15:54:00.000+01:002014-09-23T17:28:59.640+01:00KL para os amigos.KL é como os locais chamam a Kuala Lumpur, a capital da Malásia e, provavelmente, a capital do sudoeste Asiático. A primeira impressão não é das melhores, 35 graus e 100% de humidade que nos atingem em cheio e nos deixam sem ar assim que saímos do aeroporto. As 7 horas de diferença horária e quase 24h entre voos e ligações também não nos deixa muito receptivos ;)<div><br><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6KRx7Ik53M682DkSYAucI2JQmgtfOd0D5-NnwarQd5zI4np_9iTQXxo9csUY6PTY3KF9GqVbo2zX2UyEEz3JKllHbWjbhHIFF3krmyOOXtQR1K6t-cOGKZV5miwVANJ3hK37L/s640/blogger-image-763582219.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6KRx7Ik53M682DkSYAucI2JQmgtfOd0D5-NnwarQd5zI4np_9iTQXxo9csUY6PTY3KF9GqVbo2zX2UyEEz3JKllHbWjbhHIFF3krmyOOXtQR1K6t-cOGKZV5miwVANJ3hK37L/s640/blogger-image-763582219.jpg"></a></div><br>
É uma cidade grande e plena de contrastes, de um lado arranha céus incriveis, do outro mercados de rua tipicamente asiaticos, numa esquina um Aston Martin ultimo modelo, noutra um tuc-tuc desengonçado...</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLRMPghhCf1uaNzGssl5yVWyBYXGTyuN1msin5b1wbOCmNmufRBhPRZJtsT6ACoq62tyE_LaHMB4N8SQT98YmN55TKCbeqeB2MIshTCKnGHAcBSZ54sVDxtQvkC13BtIFJSHKv/s640/blogger-image-543328598.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLRMPghhCf1uaNzGssl5yVWyBYXGTyuN1msin5b1wbOCmNmufRBhPRZJtsT6ACoq62tyE_LaHMB4N8SQT98YmN55TKCbeqeB2MIshTCKnGHAcBSZ54sVDxtQvkC13BtIFJSHKv/s640/blogger-image-543328598.jpg"></a></div><br>
É aqui que islâmicos, budistas, hindus e cristãos convivem em plena harmonia. Pode parecer presunção afirmar isto assim com apenas 3 dias de cidade, mesmo tendo sido tão intensos, mas eu tenho um infiltrado que vive em KL à 41 anos, o Sunny.<br>
<br><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-gXWLkY3u6E_uvJRbT0DlSkXIAYSZuk-abMMVwct82xo6OVmqLV-y1SC1Sa71PpR-tqtWCgL0RdsFlZVDQ7MGFYWL33ju5hZzeeWtsvIJ2MZPnDMtVxe5zTGwKasLh8KDqvli/s640/blogger-image--946628389.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-gXWLkY3u6E_uvJRbT0DlSkXIAYSZuk-abMMVwct82xo6OVmqLV-y1SC1Sa71PpR-tqtWCgL0RdsFlZVDQ7MGFYWL33ju5hZzeeWtsvIJ2MZPnDMtVxe5zTGwKasLh8KDqvli/s640/blogger-image--946628389.jpg"></a></div></div><br>
Sunny Oh é uma referencia para todos os viajantes de moto que passam pelo sudoeste Asiático, à mais de 40 anos que mantém uma oficina que começou pequena e é agora apenas e só a referencia no ramo na Tailândia, Malásia e Singapura.</div><div><br>
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWDEGK3SSplTVcHp4Q5tq4OKUljCllq9cHcIfQqrVIvlY66yjlPyX7s45DG2lkBPFyhRQVRb_7SpQLrydyU-7OYhq1IO033kK1t4Mccd_5Gkg7zJYngZRIluu5pIEL8eUakL4f/s640/blogger-image-612560069.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWDEGK3SSplTVcHp4Q5tq4OKUljCllq9cHcIfQqrVIvlY66yjlPyX7s45DG2lkBPFyhRQVRb_7SpQLrydyU-7OYhq1IO033kK1t4Mccd_5Gkg7zJYngZRIluu5pIEL8eUakL4f/s640/blogger-image-612560069.jpg"></a></div><br>
Sunny Oh é tambem o patriarca da "dinastia Sunny" uma familia de 3 gerações que nos recebeu de forma soberba durante estes dias.<br>
<br><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9nN8KJfVspAS3iT_Ykvad6GBAgyGhHZioDOo5jA2Yda8QJAm6lD1z_G76u8VBinnGkIMD9-zOa5joHftEBQePnuHEaXu99uXdXznPOJFcJlX49tNhJDKUqyf0YS-YdRlI3H9/s640/blogger-image--1937387276.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq9nN8KJfVspAS3iT_Ykvad6GBAgyGhHZioDOo5jA2Yda8QJAm6lD1z_G76u8VBinnGkIMD9-zOa5joHftEBQePnuHEaXu99uXdXznPOJFcJlX49tNhJDKUqyf0YS-YdRlI3H9/s640/blogger-image--1937387276.jpg"></a></div></div><br>
Este foi apenas um dos mimos que recebemos deles, um pequeno almoço típico chinês com toda a família Oh e com 15 pratos tradicionais, todos d e l i c i o s o s!<br>
<br><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeHgAnUE2zHttwwdM-D-5uJ_utA-JVg7fo6AhSAw_rPVlbpqVQx-_OuxJwyaI1bdrZDPHnkA0sUyIXfRntITTEViEUa14TjCfoQ_LMa-mN4rgtnQNBWmfqMUxfu_2bmIaf9jPa/s640/blogger-image--1230833623.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeHgAnUE2zHttwwdM-D-5uJ_utA-JVg7fo6AhSAw_rPVlbpqVQx-_OuxJwyaI1bdrZDPHnkA0sUyIXfRntITTEViEUa14TjCfoQ_LMa-mN4rgtnQNBWmfqMUxfu_2bmIaf9jPa/s640/blogger-image--1230833623.jpg"></a></div><br>
KL pode ser uma cidade fantástica, com uma diversidade incrivel e um vibração genuína, mas sem duvida o melhor de Kuala Lumpur tem nome, chama-se Sunny Oh dinasty ;) thank you all Oh dinasty!</div><div>Amanha começamos a rodar para norte a caminho da Tailandia, era para ser com uma bela BMW R100GS PD mas ainda nao esta pronta para enfrentar a viagem, por isso lá terá de ser numa 1200gs da coleçao do Sunny :)</div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9cTHBImEhq7Am7EaHfPRszg7_337ruIn2MinjZRQWwsL8D0yugMyt0pnBGmnnlV_3KsM195OyXIgZBqZXt1EExYMn1a__cpuil72suRXMw8p9zpIvVfOblEnOXiL4zuO5cBh1/s640/blogger-image-1247382334.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9cTHBImEhq7Am7EaHfPRszg7_337ruIn2MinjZRQWwsL8D0yugMyt0pnBGmnnlV_3KsM195OyXIgZBqZXt1EExYMn1a__cpuil72suRXMw8p9zpIvVfOblEnOXiL4zuO5cBh1/s640/blogger-image-1247382334.jpg"></a></div><br></div><br></div><div><br></div><div><br></div>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-78289232074414500792014-09-02T16:56:00.000+01:002014-09-02T17:43:15.070+01:00Indochina, o fim do jejum.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh54vkBE7hUKEofySO9VXxwLAXvIz8y3oj1eOLu13ikNLvy9qd-ueQNW0BNALDXgIDq_hTXzyl1ckm9tcVUidNmU-kJ6riorQexOnKxsmVqXtBrR5-Ks6Ce4umuH2-v4huA45ZH/s1600/Captura+de+ecra%CC%83+-+2014-09-02,+13.09.41.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh54vkBE7hUKEofySO9VXxwLAXvIz8y3oj1eOLu13ikNLvy9qd-ueQNW0BNALDXgIDq_hTXzyl1ckm9tcVUidNmU-kJ6riorQexOnKxsmVqXtBrR5-Ks6Ce4umuH2-v4huA45ZH/s400/Captura+de+ecra%CC%83+-+2014-09-02,+13.09.41.png" /></a></div><br />
Reza a lenda que Parameswara, um principe da Ilha de Sumatra, viajou para uma caçada e enquanto descansava sob uma árvore próximo a um rio, observou um pequeno veado-rato empurrar um de seus cães de caça rio adentro. Impressionado com a coragem do animal e com o que considerou um bom presságio, Parameswara teria decidido fundar ali um império, chamando-o Melaka, nome da árvore sob a qual ele se havia abrigado.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMDhSmWywF-g4mmbbEVDGlpRUs3WfnabcElOss66xOf_XddIZtBM_vOONZ30X9eoHe65jI0fA1WE0d-kQ3knl5pqfGowGae_BN_2e699Ok5ZMfp-O_xDXz51TjF5LHtu7K4nfW/s1600/800px-Malaca,_Malaka,_Histoire_ge%CC%81ne%CC%81rale_des_voyages,_Paris,_Didot,_1750.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMDhSmWywF-g4mmbbEVDGlpRUs3WfnabcElOss66xOf_XddIZtBM_vOONZ30X9eoHe65jI0fA1WE0d-kQ3knl5pqfGowGae_BN_2e699Ok5ZMfp-O_xDXz51TjF5LHtu7K4nfW/s400/800px-Malaca,_Malaka,_Histoire_ge%CC%81ne%CC%81rale_des_voyages,_Paris,_Didot,_1750.jpg" /></a></div><br />
É sobe as mesmas árvores em Malaca, onde portugueses desembarcaram em 1511, que este "projecto" (leia-se, desculpa ;) tem intenções de iniciar e terminar a sua rota. Pelo caminho 8 países com uma diversidade cultural, étnica e religiosa incrível. Uma terra povoada por sultões e dragões, um território com uma exuberância natural soberba que contrasta com a simplicidade e simpatia do seu povo.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5v5A92LECPmrmRpEE-1BMLxEmjohgFOTHuezOfemx80dC8Ec3aLM7_EI7Qd0p4VRD7YUAGOXxH02DM7ClJOYKsvx1pK10Q5sBLnd35LdbsblCEvWpHbgwvL7QGpc0z3-lW0TX/s1600/1024px-IndoChina1886.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5v5A92LECPmrmRpEE-1BMLxEmjohgFOTHuezOfemx80dC8Ec3aLM7_EI7Qd0p4VRD7YUAGOXxH02DM7ClJOYKsvx1pK10Q5sBLnd35LdbsblCEvWpHbgwvL7QGpc0z3-lW0TX/s400/1024px-IndoChina1886.jpg" /></a></div><br />
Apesar de já ter viajado pela Tailândia e pelo mar da Andaman, esta é uma das regiões que sempre coloriram o meu imaginário e onde sempre desejei rodar de moto. O karma quis que no ano passado o meu caminho se cruza-se com o de Sunny Oh, um motociclista malaio com quem partilhei uma semana de viagem de moto pela Europa. <br />
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Homem experiente e viajado, com um sorriso permanente e viciado em "Bacalau", o Sunny tornou-se um bom amigo mas cometeu o erro (coitado) de me dizer a frase: "...quando fores à Malásia tens lá moto..."<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9LDZqOeuedd6_YzihvmUV7qt7h2FqiaehyphenhyphendvpNzef1QRODehIDzSIyr0jd7X6MxrFI4Dmd7VM-3-GW7yu81eCynuZ8JC2PC_M4DNPEVAUPoByhugxuoyvK7r9uyjMyTEJ877s/s1600/1969134_10151960196786430_1658587665_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9LDZqOeuedd6_YzihvmUV7qt7h2FqiaehyphenhyphendvpNzef1QRODehIDzSIyr0jd7X6MxrFI4Dmd7VM-3-GW7yu81eCynuZ8JC2PC_M4DNPEVAUPoByhugxuoyvK7r9uyjMyTEJ877s/s400/1969134_10151960196786430_1658587665_n.jpg" /></a></div><br />
Vou começar pelo sul, pelo estreito de Malaca, as metrópoles de Kuala Lampur e Singapura, subindo de volta pelo golfo da Tailândia até à ilha de Ko Samui. Depois atravesso a península para espreitar o Myanmar antes de voltar a descer pela costa do Mar da Andaman até às areias de Phuket e Krabi. Em Penang vou investigar o ferry para Sumatra e se for possível, descer atravessando a ilha Indonésia de volta a Malaca.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWciPbPaChLgvHVi5kGAVwi6qIVIeVwRWH7f_Zv_o-379_I9r8zZVMHEGGwUXud0uRX3PBMBvgBq3NoH80ITEDk_alEIFbagap4g5lrMObpl8RDfwQwxh8JHIZDomx6CB1VMLH/s1600/southeast_asia_pol_2003x1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWciPbPaChLgvHVi5kGAVwi6qIVIeVwRWH7f_Zv_o-379_I9r8zZVMHEGGwUXud0uRX3PBMBvgBq3NoH80ITEDk_alEIFbagap4g5lrMObpl8RDfwQwxh8JHIZDomx6CB1VMLH/s400/southeast_asia_pol_2003x1.jpg" /></a></div><br />
Para o ano fica a segunda etapa, Cambodja, Vietnam, Laos e o norte da Tailândia... mas sem pressas, logo se vê.<br />
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Depois de quase 3 anos de jejum exploratório é tempo de voltar a vadiar.<br />
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Dia 17 começa a faina!Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-24096944051070476922012-12-20T15:08:00.001+00:002013-04-05T18:33:20.346+01:00Noobai Africa Austral, o video.<iframe src="http://player.vimeo.com/video/34582191" width="500" height="281" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe> <p><a href="http://vimeo.com/34582191">Noobai Africa Austral</a> from <a href="http://vimeo.com/motoxplorers">MotoXplorers</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-9247859437792389052011-12-23T10:35:00.006+00:002011-12-23T11:36:14.463+00:00Lavou, tá nova!!Uma expressão muito utilizada no Brasil e que se aplica que nem ginjas à valente lady...
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... que depois de um banho, uma revisão e pneus novinhos ficou pronta para outra!
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O vadio à semelhança da moto também precisava de um bom banho e de uma "revisão geral"...
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para perder o aspecto africano e voltar pronto para enfrentar a austeridade portuguesa :)
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O ultimo dia foi bem aproveitado, dedicado inteiramente à Cidade do Cabo e ao seu ícone, a Table Mountain.
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Uma caminhada levou-me ao cimo deste calhau imenso, são mais de mil metros de altitude bem na beira do mar que nos dão uma perspectiva impressionante da cidade e da península do Cabo.
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Cheguei cedo e tive a oportunidade de apreciar a energia da montanha com pouca gente, perto da hora de almoço, já depois de ter explorado todos os trilhos, desci pelo teleférico de volta à cidade.
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Não fiz um roteiro turístico, não fui à Robben Island nem aos famosos aquários da cidade, limitei-me a passear pela conhecida Victoria & Alfred Waterfront
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Uma zona portuária tipicamente inglesa, repleta de tourist traps que enchem o passeio marítimo com todo o tipo de actividades possíveis e imaginárias. De passeio de helicóptero a mergulhos em submarino há por aqui muita coisa para esvaziar os bolsos dos turistas.
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Os meus já estão tão vazios que já abriram buraco, fujo para uma zona menos movimentada e procuro lojas em saldo para renovar o meu guarda roupa e enfrentar os 4 graus que me esperam em Londres.
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Meia hora foi o que bastou para ficar vestido dos pés à cabeça, calças, boxers, meias, uma t-shirt e até um casaco quentinho para resistir às 12 horas do voo de regresso.
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Viajar nesta altura de festas é porreiro, anda tudo com o Natal e as festas na cabeça e nada funciona, dá para ter algum espaço e lentamente voltar à rotina. É difícil, claro que é, mas não tanto como pode parecer, afinal de contas...
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Bom Natal a todos!Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-49050715159387096412011-12-21T11:24:00.005+00:002011-12-22T10:29:31.785+00:00Tormentas no Cabo da Boa Esperança.<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-XWjcnfP/0/L/L1070056-L.jpg" width="500">
Afinal o tenebroso cabo das Tormentas não é assim tão assustador, pelo menos quando visto desde terra num belo dia de sol. Quem diria que praias de areia branca e aguas turquesa envolvem um dos pontos mais famosos da navegação mundial.
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Com os dias grandes do verão austral consegui poupar algum tempo, tempo que quero gastar agora desfrutando calmamente o fim deste continente magnifico. Começo pelo cabo Agulhas onde as aguas do Indico se encontram com as do Atlântico no ponto mais sul de África.
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Aqui, onde as quentes águas da corrente de Agulhas dá de caras com a rica e fria água que vem com a corrente de Benguela é o local ideal para dar umas braçadas. Já mergulhei no Indico e no Atlântico, mas esta foi a primeira vez que o fiz nos dois ao mesmo tempo :)
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Não muito longe do Cabo Agulhas fica Gansbaai, a capital sul africana do mergulho com os grandes tubarões brancos, algo que quero fazer já há alguns anos. É aqui que fica a famosa Dyer Island, onde uma grande colónia de focas serve um banquete diário à maior concentração de tubarões brancos do planeta.
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Isto de viajar de moto sem nada marcado às vezes tem os seus inconvenientes e por pouco não fiquei em terra, todo os operadores já estão cheios para o dia seguinte. A custo consigo um lugar no mergulho das 11 da manhã, gostaria de ir mais cedo mas não há lugar.
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Aproveito a manhã para umas braçadas na baía e uma caminhada pela pacata cidade piscatória. Visito todos os operadores mas um em especial chama a minha atenção, não apenas pela simpatia com que sou recebido mas principalmente pelo profissionalismo e genuína paixão que têm pelo que fazem.
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Enquanto saboreio um café e converso com o Mike vou espreitando um documentário que passa no plasma da loja. O Mike com que estou a falar é afinal Mike Rutzen, o lendário investigador que nada com os grandes brancos e participa regularmente em documentários da BBC, National Geografic e Discovery Channel.
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Com uma simpatia e simplicidade fantástica perde ali tempo comigo conversando sobre estas fantásticas criaturas enquanto me mostra no telescópico alguns grandes tubarões patrulhando as aguas da Dyer Island.
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Quando lhe falo da empresa com a qual vou mergulhar não deixa de ser simpático, "They are ok, nice guys" Na verdade a pressa é sempre inimiga da perfeição e se pudesse ter escolhido com mais tempo não teria duvida em escolher a empresa de Mike para ter esta experiência.
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Não que se veja mais tubarões nesta do que noutras, mas como em tudo quanto mais know how tiver quem nos leva torna melhor e mais enriquecedora será a nossa experiência. É precisamente por estas e por outras que na maioria das vezes é preferível pagar um pouco mais por um serviço bom, do que menos por um serviço "normal"
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Gostei do mergulho, servi de isco para 4 great whites dentro de uma jaula submersa e assisti do deck enquanto eles rodeavam o barco atacando as cabeças de atum atadas ao seu redor. Foi bom, afinal não é todos os dias que estamos a centímetros de um animal destes, mas poderia ter sido melhor... quando lá voltar vou com o Mike!
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Regressado a terra descobri que já não tinha espaço no mesmo hostel e teria de procurar outro. Em vez disso voltei à estrada e novamente com o sol a dourar o caminho segui pela costa a caminho de CapeTown.
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O hostal está cheio com 3 camiões overlanders, não há lugar para mim e eu estou com pouca paciência para procurar outro no meio da cidade. Decido aproveitar a oferta do David e Angela e sigo para casa deles onde sou extraordinariamente bem recebido com um churrasco no jardim.
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No dia seguinte junta-se a nós o Simon e a sua F650GS Dakar. O Simon é proprietário de uma empresa de safaris que opera da África do Sul até ao Quénia e alem de muito simpático vai ser provavelmente parceiro da MotoXplorers num futuro bastante próximo.
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Juntos percorremos todas as estradinhas da península, fomos a Cape Point, atravessámos a reserva do Cape of Good Hope, visitámos os padrões portugueses espalhados pela costa e terminámos a manhã na sombra de um enorme jacarandá a saborear uns calamares deliciosos.
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As estradas são inacreditáveis, bordando as colinas da Table Mountain e ligando uma sucessão de baías e praias de areia branca e aguas turquesa. A Chapman's Peak Drive é considerada uma das mais espectaculares estradas costeiras de todo o Mundo, e eu concordo!
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É engraçado como os Sul Africanos são tão diferentes das suas origens anglo-saxónicas. O sol e as belas paisagens devem ter provocado uma erosão natural na típica rigidez e frieza britânica. Sorriem, desfrutam a natureza e o sol de um forma descomprometida e simples. É como se tivessem levado uma injecção de sangue latino, são calorosos, atenciosos, relaxados... felizes! O David e a Angela são assim mesmo, dão valor ao local magnifico onde vivem, desfrutam-nos e agora partilham-no comigo, obrigado amigos!
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-Bg7XtDj/0/XL/GOPR4796-XL.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-39140424204168060632011-12-21T10:10:00.006+00:002011-12-21T11:20:27.151+00:00Fluindo pelas montanhas Sul Africanas<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-kRZLMKg/0/M/L1050932-M.jpg" width="500">
O chão da pista brilha com o sol rasteiro, não serão certamente diamantes mas não deixa de ser estranho pisar um chão “estrelado” no meio deste deserto. Sigo pela pista a Leste da zona dos diamantes, entre um planalto ressequido que se estende até ao mar e monólitos de calhau enormes que me indicam o caminho para sul.
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São o inicio do Fish River Canyon, o cartão postal do sul da Namíbia. Um desfiladeiro gigante que se estende por largos quilómetros até se juntar ao Orange River, o rio que faz de fronteira natural com a África do Sul. A luz não ajuda, está de frente e não me deixa tirar fotografias que consigam dar uma percepção da dimensão desta enorme falha criada por milhares de anos de erosão.
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Há por aqui uma caminhada de 5 dias e 4 noites que desce pelo meio do Canyon até Ai Ais um oásis alimentado por aguas geotermais que aquecem o Fish River. Este lugar, descoberto por pastores Nama à vários séculos atrás alberga agora uma requintada resort com piscinas termais, paredes meias com inscrições rupestres nas paredes do canyon.
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Eu não tenho tempo para a caminhada e em vez de 5 dias demoro 3 horas a descer pela margem do canyon por pistas de areia e gravilha, douradas pelo sol que já se quer ir embora. A paisagem toma formas estranhas, alienigenas, salpicada com estranhas árvores de aloé que parecem saídas do período jurássico.
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Chego mais uma vez com o ultimo raio de sol, tenho aproveitado todos do dia, das 5h30 da manha até às 18h30 não deixo fugir um só raio do astro rei. Entre acampar por $12 ou dormir num quarto por $34 escolho a segunda opção, não me apetece montar a tenda e um bom pequeno almoço buffet é sempre um bom investimento.
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Retemperado por um mergulho matinal nas piscinas geotermais e um grande pequeno almoço, continuo o meu caminho na direcção da fronteira da África do Sul. Não levo grandes planos de onde ficar nesta noite, se me agradar fico, se não me chamar a atenção sigo.
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Paro para por gasolina no primeiro posto sul africano e fico intrigado com uma bandeira portuguesa. Entro na loja do posto e deparo com um plasma a emitir o Natal dos Hospitais. Quem me recebe é o Sr Manuel, um madeirense sportinguista com uma simpatia extraordinária que insiste em que almoce por ali, apesar de serem ainda 11 da manha.
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Não me deixa dizer que não e em pouco mais de 10 minutos tenho um bifão na minha frente acompanhado por uma garrafa de vinho. Insiste para que fique ali umas semanas, “Não paga nada” diz ele, “vai comigo a Port Nolloth ver a exploração de diamantes, dorme come e bebe e não gasta um tostão.
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A verdade é que bem que gostaria de ter mais uns dias para ficar aqui com o Sr Manual, ele é daqueles amigos instantâneos que encontramos nas viagens, a sua pureza e energia positiva fazem-nos sentir genuinamente bem vindos e muito confortáveis.
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Despeço-me com pena deste madeirense de bom coração e volto à estrada. Nada muda, durante mais 300 kms na estrada que atravessa a região dos diamantes sul africana, deserto e mais deserto. O asfalto cansa muito, muito mais do que as estradas de terra, especialmente estradas monótonas como estas onde curvas largas interrompem rectas com muitos quilómetros.
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Ao fim de algumas horas surgem finalmente montanhas, água e uma côr verde vibrante. São vinhas, enormes e viçosas vinhas alimentadas por um engenhoso sistema de canais de agua que fazem chegar vida a este lugar seco. Num dejá vú estranho reconheço Trás dos Montes nesta paisagem, um chão pedregoso e áspero, uma temperatura amena mas seca e agua com fartura. Sem duvida uma boa receita para vinho de qualidade!
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Começa aqui o Cederberg Widerness Area, um lugar habitado por babuínos e leopardos que partilham grandes montanhas de pedra. Estou definitivamente cansado do monótono asfalto e sem grandes planos desenho um azimute mental daqui até ao ponto mais sul de África, Cabo Agulhas.
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Seguir esse azimute implica sair definitivamente das estradas principais e ir explorando o interior montanhoso. Foi uma boa escolha, uma pista de terra fluí durante uns 200kms por vales enormes rodeados por grandes picos. Parece que estou nos Pirenéus em plena primavera, com o sol pelas costas e uma brisa fresca a entrar pelo casaco... sem pressas vou saboreando cada vale, cada passo de montanha.
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Chego ao Oásis Cederberg, um pequeno hostal que mesmo não aparecendo nos guias me foi muito recomendado por vários viajantes com que me fui cruzando. O lugar ficou famoso pelo seu grande bife e pela hospitalidade de Gerrit o seu proprietário, alem disso fica no meio de uma pista magnifica que cruza todo o parque natural.
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Assim que paro confirmo a sua fama, Gerrit vem ao meu encontro e mesmo sem ter ainda saído da moto já tenho janta marcada e quarto pronto. Estão lá o David e a Angela com duas KLR que me confirmam que estou a meio de um dos roteiros mais apreciados pelos motociclistas Sul Africanos.
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Termino mais um dia na conversa com este simpático casal de Cape Town. É impressionante como energias semelhantes aproximam imediatamente as pessoas, sem hesitações e apenas passado alguns minutos de conversa eles convidam um barbudo desconhecido e empoeirado a para ficar em sua casa em Cape Town.
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Mas antes tenho de ir ainda a Cape Agulhas, vou deixar-me fluir pelas estradinhas do interior até ao ponto mais a Sul de toda a África e ver onde o Atlântico se junta ao Pacifico.
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-hwHxhwQ/0/L/L1070008-L.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-5652551448180141402011-12-16T07:13:00.005+00:002011-12-19T06:46:05.073+00:00Lua cheia no deserto da Namibia<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-Pv7tz8V/0/M/L1050544-M.jpg" width="500">
Está uma lua enorme, um planeta branco que ilumina o deserto do Namib como se fosse o foco de luz.
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Nos últimos dias fiz qualquer coisa como 1000 de estradas de terra, desde a Reserva de Etosha que nunca mais sai delas. Na maioria são boas e permitem velocidades alucinantes, mas em alguns trechos longos são traiçoeiras, com pedras grandes e areia fofa, camufladas pela falta de contraste do meio do dia.
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Tenho de me lembrar que estou sozinho e que se cair e me aleijar deve demorar um bom bocado a vir ajuda. Além há muito pouco transito nestas estradas secundárias, hoje devo ter passado por uns 4 carros durante todo o dia.
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O frio apanhou-me de surpresa, quando cheguei perto da costa, uma capa de nuvens baixas forra o ceu. A temperatura caiu muito e tive mesmo de parar e sacar o forro do fundo do Giant Loop. `A noite o saco cama tem de estar bem fechado para passar bem.
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Aproveitei a passagem por Swakopmund para dar uns mimos à Lady. Não quis dizer nada para não agoirar mas a corrente está nas ultimas. Ainda é a de origem e tem 20.000kms no pêlo, sofreu mais ainda porque não encontrei oleo de corrente em nenhum lugar que passei, tem andado lubrificada com oleo de motor, algo que com estas temperaturas é o mesmo que nada.
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Esgotei a afinação na Zambia e deste então tenho vindo a rezar para ela não dar o berro e deixar-me no meio de nenhuns. Agora levou uma RK de enduro nova em folha, bem mais resistente e duradoura que a antiga.
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Continuo a descer, hoje foram mais 600kms de TT até chegar a Sossusvlei, o coração do deserto da Namibia. Nami traduzido toscamente quer dizer “Terra seca” e nada poderia ser mais adequado a este território inóspito. Não fossem os diamantes e o petroleo e este seria um país muito pobre.
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Mas não é, tem uma riquesa natural incomensurável e não me refiro a diamantes. A sua paisagem é uma mistura de Mauritania com Patagônia e Islandia. Tem as dunas do primeiro, a dimensão do segundo e a estradas de terra do terceiro.
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Por falar em dunas, é aqui mesmo que estão as mais altas do Mundo. Enormes, como montanhas de areia que fariam corar de vergonha o Erg Chebbi. Mas nem tudo é bom, a Namibia é um país organizado e tem regras rígidas nos seus parques naturais, uma das mais recentes é a proibição de entrada de motos.
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Dizem os guardas que demasiados motociclistas Sul Africanos abusaram e agora resolveram cortar o mal pela raiz. Do acampamento mais proximo até as dunas maiores são 70 kms e se não posso ir de moto tenho de ir de outro modo qualquer.
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Consigo boleia graças à grande ajuda de David, um Sul Africano que conta horrores da Estradas para Sul. Viaja tambem só mas muito carregado numa F650 Dakar e está pouco habituado a gravel roads em tão mau estado. Diz que veio o dia inteiro a 60kmh e está todo partido, pudera a 60 deve sentir todas as irregularidades, lombas e buracos da estrada.
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Eu desde que troquei a corrente e deixei de sentir os estalos dos elos gripados tenho “rancado fogo” da Lady... a pista pede e desta vez o barulho do escape até dá alguma motivação extra :) não reparei em buracos nem pedras e muito menos areia nas pistas até aqui :))))
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Vou com 4 alemaes, aliás, um alemão e três alemoas. São professores aqui na Namibia e tiraram uns dias para visitar o deserto e perante o meu enrrascanço decidiram apertar-se um pouco e levar mais um. Combinamos às 5 no portão do parque, tempo suficiente para ver o nascer do sol da duna 45, mas esta deve ter sido das poucas vezes que um tuga foi mais pontual que os rigorosos germanicos :) só saímos às 5h15.
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Subimos a Duna 45, depois a Big Daddy, visitamos os pans de Sossusvlei e terminámos uma amanhã cansativa em Dead Vlei, um local inacreditável.
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Árvores mortas, seca, ressequidas, jazem hirtas num plano branco quase imaculado, tudo isto roedado por dunas vermelhas ocre enormes.
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Parece que entrámos num anfiteatro onde passa uma peça dramática, ou uma catedral onde se reza uma missa em alma das arvores defuntas, o facto é que todos sem dizermos nada uns aos outros falamos baixinho, sussuramos uns com os outros sem perceber bem porquê.
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O silencio é assustador, não há passaros, insectos, nada, apenas arvores negras que parecem gritar esganiçadas em busca de ajuda. É um lugar único, uma instalação artística da mãe natureza... quase como a vista da minha tenda esta noite
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Agora estou aqui no bar do base camp, carregando as baterias das cameras e as minhas com uma cerveja gelada. Hoje vou para a cama cedinho que o dia começou às 4 da matina e amanha tenho mais 600K de pistas...
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-Rv6x29W/0/M/L1050867-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-28220401070131019432011-12-16T07:10:00.002+00:002011-12-16T07:37:47.715+00:00Territorio Himba.<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-7rPhXth/0/M/L1050577-M.jpg" width="500">
Finalmente montanhas, desde a Africa do Sul que não via uma elevação que merecesse esse nome, agora sim, quanto mais avanço Namibia adentro mais aparecem montanhas salpicadas aqui e ali. Tinha previsto seguir pelo norte, bem junto da fronteira de Angola, delimitada pelo rio Kunene, mas uma chuva forte e nuvens negras fizeram-me mudar de ideias.
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Sigo para a Reserva de Etosha, a mais importante do pais, o Kruger da Namibia. Já sei que é cara, que não deixam entrar motos e que provavelmente vou gastar mais do que o habitual, mas sabem o que mais, que se lixe! Perdido por 10, perdido por mil, vou fazer o programa de turista sim, vou fazer um safari de jipe e dormir numa resort.
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Estava certo, os preços não são nada amigos mas a qualidade compensa. Piscina, belo jantar, cerveja geladinha tornaram o meu fim de dia bastante agradável devo confessar.
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De manhã cedinho parto para um game drive na enorme reserva que em mais de 22.000kms2 alberga tudo o que é bicho local. Sou o unico, só eu e um motorista magrinho com oculos fundo de garrafa. Hum se calhar isto não foi uma boa ideia...
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Mas foi, ví tudo o que havia para ver, apenas o leopardo não se mostrou, mas tambem já era pedir demais ver um só num dia de safari. Já pela fresquinha meto-me ao caminho, um amigo meu alentejano diz sempre que a hora mais saborosa para rodar de moto é com a luz do fim de tarde e eu concordo.
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A luz é mais limpa, mais contrastante e embeleza ainda mais a paisagem. Sigo pelo norte de Etosha, contornando todo o parque até perto de Opowo, a capital do território Himba. Esta etnia é famosa mundialmente pelas suas mulheres vermelhas. Conseguem essa côr graças a uma mistura de manteiga e de ervas locais que para alem de as embelezar tambem as deixa perfumadas, as mulheres Himba nunca tomam banho mas apesar disso o seu cheiro é agradável, parecido com alfazema.
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Encontrar Himbas era um dos objectivos desta viagem, tenho lido algo sobre eles e os seus hábitos e uma das outras caracteristicas que soube é não gostam de ser fotografados. Recorro por isso a um pequeno truque, entrego a camara a um deles e digo como funciona e deixa ver no que dá.
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Com a confiança ganha e com a compra de um colar lá ganhei a minha autorização para fotografar à vontade e sem exagerar fiz mais alguns retratos.
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A tez vermelha e os cabelos em rastas coberto pela amalgama ocre dão lhes um ar extraordináriamente exótico e bonito. O homem Himba só tem uma função, mandar, as mulheres fazem tudo o resto nesta etnia singular.
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Atalhei para Sul, o objectivo era chegar à boca do deserto da Namibia, onde termina a savana e começa a areia. O atalho retirou-me definitivamente das vias principais e do asfalto, daqui para a frente só gravel roads... e que gravel roads. Autenticas auto-estradas de terra onde podemos abrir a goela aos carburadores...
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Mas é preciso sempre muita atenção porque a qualquer momento algo pode atravessar a estrada...
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e quando digo qualquer coisa é qualquer coisa mesmo...esta acabou de atravessar a estrada na minha frente.
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No segundo susto abrandei e resolvi ser mais cauteloso, a pista tambem piorou de estado e começou a ter mais zonas de areia fofa, terreno em que a Lady finalmente provou as suas capacidades, aqui é que ela se sente bem.
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Cheguei exausto mas bastante satisfeito, vou dormir num chalet à sombra de um gigante monolito num hostel bem na entrada do grande deserto do Namib. Sabem um dia perfeito? Daqueles em que corre tudo bem? Foi hoje! Inté!
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-W8s35mJ/0/M/L1050551-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-82494803955108874012011-12-14T10:51:00.004+00:002011-12-14T11:54:58.640+00:00Zambezi: África pura, sem diamantes sff<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-JX2CvhR/0/M/DSCN6024-M.jpg" width="500">
Imaginem um enorme planalto que se estende por muitas centenas de quilómetros. Agora imaginem que uma faca gigantesca faz um golpe em ziguezag com mais de uma centena de metros de profundidade. Esperem, ainda não acabou, juntem um rio que corria tranquilo e espaçado na planicie e que caí agora abruptamente ao longo de quase dois quilómetros nessa fenda. É dificil imaginar não é? Pode ser que umas fotos ajudem.
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Não é à toa que esta é universalmente considerada a cascata mais majestosa de todo o planeta, uma das sete maravilhas naturais e patrimonio da humanidade pela Unesco. Muitos galardões que mesmo assim não fazem juz à sensação de a sentir de perto. De perto de longe, de um lado e do outro, todos os pontos de vista deixam-nos de queixo caído.
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Passei a manhã a vê-la do lado do Zimbabwe, de frente para as quedas de agua, depois passei para o lado da Zambia onde o rio largo forma ilhas e piscinas naturais bem na beira do abismo, e por fim vi-a do ar a bordo de um ultraleve que alem das cascatas nos presentei com toda a beleza do rio Zambezi.
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Nota-se bem que a Zambia e o Zimbabwe não têm diamantes, não apenas nos serviços aduaneirosmas principalmente nas infraestruturas dos 2 países. Estradas degradadas, edificios a precisar de reforma e um ambiente que nos transporta para a verdadeira África pura.
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Entrar nestes dois países saí caro, são 25USD de visto mais 50 de importação temporaria da moto para o Zimbabwe e na Zambia 50USD de visto a que temos de juntar 20USD de importação temporaria e mais 10USD de uma taxa engraçadaa que chamam Taxa de emissões de carbono. Doeu, é claro que doeu, mas sabem que mais é bem feito! Todo o povo africano é descriminado quando quer entrar na Europa, porque não podem eles fazer o mesmo com os Europeus?
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O mais engraçado é que no primeiro guiché só podemos pagar com moeda local, hora como é obvio quando entramos num país não temos moeda local por isso há que trocar num cambio inventado pelos “colegas” no exterior. Depois no segundo Guiché só USD... mas acabei de trocar todos os USD que tinha por moeda local... just USD, sorry! Vai trocar de novo, euros por dolares. No terceiro aceitam só moeda local de novo e como já não chega lá se vai outra vez ao “colega” trocar mais uns euros... Um processo criativo de sacar mais uns cobres aos turistas, e o mais brilhante de tudo, totalmente regular.
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Decididamente onde me sinto melhor em viagem é fora das cidades, foi só sair de Livingstone que relaxei novamente, nas cidades parece que fico tenso, atento, alerta para evitar qualquer terreno em falso. No meio do campo paro sem receios nas aldeias, sou bem recebido, sinto-me totalmente tranquilo. A estrada que me leva pela margem do Zambezi por mais de 200kms está forrada de aldeias tradicionais e mata intocada, linda!
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Chego à Namibia e tudo muda, não em termos de paisagem ou de pessoas mas na organização da fronteira. Ar condicionado, instalações impecáveis e um processo rápido e simples. Entro na Caprivi Strip uma faixa de Namibia com 500kms de cumprimento e pouco mais de 20 de largura, entalada entre Angola a Norte e Botswana a Sul.
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Esta é uma região onde até à bem pouco tempo só se podia circular escoltado num comboio de veiculos militares. Hoje, terminada a guerra civil em Angola é uma sucessão de reservas naturais onde já se nota bem a influencia tropical. A savana dá lugar à floresta a humidade aumenta e não demora muito até reencontrar o rio Okavango.
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Confesso que a paisagem acaba por ser monótona, desde a Africa do Sul que não vejo uma montanha, uma elevação. As distancias são tão grandes e as retas tão longas que até os elefantes e zebras que de vez enquando atravessam a estrada já se tornaram banais. A falta de pontos elevados não nos dá perspectiva para ver alem da primeira franja de arvores e arbustos e tudo isso acaba por retirar a dimensão do que nos envolve.
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De vez em quando paro! Paro só por parar, para descansar o rabo e fumar um cigarro, deito-me no chão e reduzo a velocidade interna. A monotonia acaba por nos empurrar a andar mais rapido para rodar mais depressa e ver mais, mais. Tenho a necessidade de contrariar isso, por isso paro, aprecio a pasiagem e acabo por ter mais atenção a pormenores que passariam despercebidos se não tivesse parado. "Pormenores" com esta amiga que me observava atenta...
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Reencontro o Okavango num hostal idilico. Um local com uma vibração fantastica e uma localização melhor ainda, bem de frente para uma piscina de hipotamos. A piscina dos hospedes é uma jangada forrada a grades de ferro que impedem os hipopotamos e os crocodilos de se juntarem a nós para umas braçadas.
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Não sei se é por já estar meio preto ou se é por curiosade por causa da moto, mas onde quer que chegue os empregados adoptam-me sempre. Aqui não é excepção, sou forrado de mimos pelas cozinheiras e pelos empregados do bar, comi que nem um abade e bebi que nem um frade, mas desta vez respeitei a lua alta, 9 horas e já estava na caminha.
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-HgrnN7C/0/M/L1050307-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-16198865439792107782011-12-11T09:14:00.003+00:002011-12-11T09:47:10.385+00:00Dr Livingstone, I presume!<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-hqVNfF6/0/M/L1050191-M.jpg" width="500">
Estas foram as primeiras palavras de Stanley, um jornalista do New York Herald que durante dois anos procurou por toda a Africa o famoso explorador Britanico. Livingstone ganhou fama por em 1855 ter sido o primeiro europeu a “descobrir” as Cataratas Victoria durante uma viagem epica no rio Zambezi.
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É para o rio Zambezi que aponto, mas para chegar lá há muitos quilómetros ainda pela frente. O Kalahari ainda marca a sua presença, até perto da fronteira do Zimbabwe existe o maior lago salgado do mundo. Eu tambem pensava que era o Uyuni na Bolívia mas pelos vistos não, é aqui nos enormes Pans Nwetwe que está a maior área salgada do planeta.
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Num degradé que vai progressivamente de branco para verde, começo a ver cada vez mais arvores grandes, mais vegetação. Os Baobads, raros até aqui, multiplicam-se ao redor da estrada e atingem dimensões impressionantes. Este tem 2000 anos e um tronco com mais de 27 metros de largura.
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Descanso no Planet Baobad, um ponto de apoio/camp/hotel/bar unico num raio de centenas de quilómetros. Um verdadeiro oázis construido num jardim natural de Baobads milenares. Se a MotoXplorers vier para estes lado vamos ficar aqui sem duvida!
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Digo adeus de vez ao Kalahari em Nata, já perto da fronteira onde finalmente me rendo ao restaurante Barcelos que vejo em todas as cidades desde que entrei no Botswana. Barcelos é o MacDonalds Português, uma rede de fast food onde o frango grelhado é rei e senhor. Até o logotipo é o nosso conhecido galo de Barcelos... há por aqui um português que está a fazer um grande sucesso!
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Aponto para Norte, sigo por uma estrada conhecida por ser pouco respeitada pelos animais selvagens. Livres leves e soltos, deambulam entre a fronteira do Zimbabwe e a Reserva de Chobe no Botswana cruzando a estrada habitualmente.
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Varro as bermas da estrada à procura deles e não demoro muito a encontrar o primeiro, um grande elefante macho que sem pressas de afasta para o mato graças ao escape de rendimento do Nicogolias (Grrrrr) Sigo-o a pé, encontro-o tranquilo a pastar a uns 20 metros da beira da estrada.
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Esqueço instataneamente tudo o que o guia San me tinha ensinado no Okavango e pouco a pouco avanço convencido que as arvores me escondem, chego a 5 metros de distancia. De repente ele olha directo para mim, abre as orelhas levanta a tromba e manda um bafo ruidoso que sem hesitações me pôs a correr os 100 metros barreiras mais rapido que uma chita.
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Só quando chego à estrada é que olho para trás e nem sinal do paquiderme... tambem se deve ter assustado com um gaijo de capacete no meio do mato. Tenho o coração aos pulos e durante pelo menos uma hora berro de satisfação dentro do capacete perante a grande estupidez que acabei de fazer.
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É daquelas parvoices que se correm bem dão um prazer e uma excitação intensa e inesquecivel, mas se correm mal.... provavelmente neste caso dariam papa de português. A minha pequena maquina fotográfica tem um zoom minimo, é optima para paisagens mas péssima para vida selvagem. Não foi uma foto próxima que me levou a aproximar do elefante, foi a sensação de o ver de perto, sozinho, a pé, de igual para igual.
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Acelerado por este encontro “arranco fogo” da Lady até Kasane onde uma tabuleta me deixa indeciso. Zambia ou Zimbabwe? Decido pela Zambia mas segundo a senhora da fronteira o ultimo ferry já saiu e agora só amanha. Para a Zimbabwe há ponte e posso chegar às cascatas ainda hoje. Avanço rapidamente para a fronteira convencido que ainda poderia chegar a Victoria Falls durante o dia.
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Esqueci-me no entanto que o Zimbabwe saiu à pouco tempo de um periodo conturbano sobre a direcção do Sr. Mugabe e que por lá não há diamantes para financiar o serviço publico. Passo 2 horas na fronteira e saio já de noite por uma estrada deserta durante 80kms até à cidade de Victoria Falls.
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Milhares de mosquitos, dezenas de bezouros, e 3 passaros depois chego ao final da batalha, ainda bem que não passou nada maior à minha frente. Hoje vou dormir na cidade aqui, amanhã passo para o outro lado do rio para a cidade do Dr Livingstone.
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-6wrxbhw/0/M/L1050147-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-87287848407808362232011-12-08T19:47:00.002+00:002011-12-09T05:25:24.936+00:00Okavango, o rio que desagua no deserto.<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-wjTvZwB/0/M/GOPR4295-M.jpg" width="500">
Sem o Delta do Okabango provávelmente o Botswana seria como a Argelia ou Mauritania, um enorme deserto com mares de dunas a cobrir a maioria do seu territorio. Em vez disso é um pais maioritariamente verde, mesmo no seu deserto. Existe como que um equilibrio que enche anulamente as poças de àgua do Kalahari e permitem a sobrevivencia de tanta diversidade.
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Mas no Delta própriamente dito não existe apenas diversidade, existe uma explosão de vida que se entende por milhares de ilhas. Para chegar a muitas delas só de Mokoro, a tradicional canoa da região que desde tempos antigos é o meio de transporte dos bushman que habitam o Delta.
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O meu karma deu mais vez ajuda e na manha seguinte consigo lugar num safari de mokoro de 2 dias e uma noite no meio do Delta. Partilho a experiencia com Karl um alemão que vive no Botswana há um ano e Nicolas, um Belga que vem à procura de emprego como bush pilot numa das empresas de aviação locais. Bons rapazes os dois.
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Começamos com uma subida do Delta em lancha motorizada que nos deixa numa aldeia San algures no Delta. Aí trocamos para 2 mokoro guiadas eximiamente por dois orgulhoso bushmans nascidos e criados no delta.
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Lentamente percorremos canais labirinticos por entre water lillys, nenufares que com as sua flores indicam o caminho para uma das ilhas do delta. É aqui que vamos passar a noite precisamente na ilha onde somos recebidos por um enorme elefante solitário.
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Afastamos o estrume de elefante que forra o local do acampamento, <span style="font-style:italic;">é boa lenha para a fogueira</span> diz o guia, montamos as tendas e partimos para um safari a pé. A poucos minutos de caminhada outro elefante, desta vez com uma cria, logo depois um rinoceronte que pasta fora de agua a escassos 15 metros de nós.
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O guia faz um briefing sobre as regras de sobrevivência, se virem um leão fiquem quietos, ele não ataca, se virem um búfalo só corram para a primeira árvore que encontrarem, se for um elefante e bufar não adianta fugir, fiquem quietos e rezem...
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Voltamos, esfomeados e cansados, o guia diz que há uma piscinha natural onde podemos nos refrescar. Confiamos no seu prognostico que diz que os enormes crocodilos só vem para esta zona à noite, nisso e nos seus olhos experiente que do alto da sua mokoro miram as aguas à volta. Afinal de contas não é todos os dias que podemos mergulhar no Okavango.
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Regressamos para o acampamento, reunimos a comida de todos e o Karl, presenteia-nos com uma pasta de legumes salteados. Afinal o Alemão tambem é chef nas horas vagas, e ali do meio de uma salganhada de coisas fez uma refeição magnifica iluminada por um por do sol daqueles que vão ficar gravados na memoria.
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A noite aqui chega rápido e depois de uma conversa com os bushman sobre as tradições e crenças dos San seguimos uma delas e vamos para as tendas. Segundo os San devemos ir dormir quando a lua fica a pique, no ponto mais alto. Quando ela desce até ao horizonte o sol chega do outro lado e é tempo de acordar e aproveitar o fresco antes do meio dia.
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A noite foi encantada pelos sons do Delta, não recebemos nenhuma visita noctura apesar de termos montado acampamento precisamente por baixo de umas arvores que produzem uns frutos muito apreciados pelos nossos amigos elefantes. Acordámos às 5 da manha, entramos na mokoro e uma hora depois estávamos em outra ilha para mais uma caminhada.
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5 horas a caminhar por savanas, florestas e pantanos até um magestoso baobab com mais de 20 metros de diametro. O nosso guia ia identificando as pegadas e as bostas pelo caminho, <span style="font-style:italic;">esta é fresca</span> dizia ele, <span style="font-style:italic;">é de bufalo e onde há bufalos à leões</span>. Pois, de certeza que há mas não se deixam ver, vimos zebras, várias especies de antilopes, mais rinocerontes, elefantes e até um chacal mas nada de leões.
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Andar a pé no meio do habitat destes animais é qualquer coisa de indescritível, é puro, estamos de igual para igual e tudo é mais intenso, até o sol impiedoso que nos obriga a nós e aos animais a parar durante o pino do sol.
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Voltamos para o hostel na beira do Orinoco, degusto o famoso hamburguer local e uma cerveja gelada. Perco-me à conversa com um casal suiço que viaja num Land rover e um casal espanhol que há um ano saiu de Vigo e anda a descer Africa de moto. Até aqui sou assombrado por galegos :) por causa deles não respeitei a regra dos San e perdi a lua alta. Por causa deles amanha vai ser mais duro enfrentar os lagos salgados de Nata no pino do calor...
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-KCCx4hP/0/M/L1050053-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-60891803267324896822011-12-06T17:19:00.003+00:002011-12-06T18:35:23.278+00:00Um pé no KalahariSabem aquela sensação de constipação forte em que mal conseguimos respirar? Pois é como normalmente me sinto depois de um ano de trabalho intenso. Partir é como o primeiro sinal de recuperação.
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Mas não ficamos logo bons, há aquela fase chata do nariz que pinga, do frio nocturno e das dores nas articulações. Um pouco como os primeiros dias de viagem em que ainda não estamos integrados e sentimos aquela ansiedade nervosa misturada com uma impaciência estranha.
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Só ao fim de alguns dias, tanto na constipação como nas viagens conseguimos atingir uma sensação de conforto... conseguimos respirar. O Kalahari foi um bom remédio, 2 dias de total isolamento meterem a minha cabeça no sitio e comecei finalmente a viajar.
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Atravessar este deserto requer algum estudo prévio, as distancias são enormes e os pontos de apoio e reabastecimento muito escassos. Mesmo o tanque de 20 litros não chega para as 3 etapas de 400kms e por isso tive de recorrer a um jerrican e a umas garrafas de coca-cola recicladas e lá consegui chegar a bom porto.
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A limitação de autonomia não deixa margem para grandes explorações, deu para fazer alguns atalhos por pistas mas a grande maioria das distancia foi feita na Trans-Kalahari road.
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Por aqui as pistas surpreendem pela dificuldade, a areia do Kalahari não é fácil e sinceramente não estava à espera de tanta, julgava que eram mais estradões com algumas zonas mais complicadas.
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Tambem os há mas são as vias de acesso a aldeias ou vilas no centro do Kalahari, depois das vilas volta a areia fofa e revolvida e o deserto puro.
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Tive sorte com o tempo, os 38º foram suavizados com um céu dramaticamente carregado que chegou a vias de facto em 2 trovoadas que jorraram forte e feio. A primeira ainda soube bem mas na segunda tive de recorrer ao impermeável.
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Passei a noite em Kang, uma pequena vila bem no centro do Kalahari. Para quem já foi à Mauritânia é uma espécie de Barbas, um posto de combustível rodeado por algumas pequenas lojas no meio do nada.
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O povo San, habitante desde tempos imemoriais deste deserto foi empurrado para estas vilas pelo governo que loteou o país em supostos Parques Naturais onde os San não podem caçar nem fazer furos para captar água, mas os endinheirados turistas podem dar uns tiros nuns elefantes e uns mergulhos nas piscinas dos luxuosos resorts que apareceram no meio do Kalahari.
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Um pouco como os nativos americanos e os aborígenes australianos os San estão marginalizados e abandonados à bebida e à decadência dos hábitos da moderna civilização. Fast food tornou-se o prato nacional na região e há mais licour shops do que mercearias.
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Tentei ficar a conhecer um pouco melhor os San em Ghanzi, onde existe um museu e um centro de interpretação do povo San mas para variar estava fechado ao domingo. Conheci alguns pequenos San pelo caminho, ajudaram-me a esticar a corrente e fizeram a reportagem fotográfica de um reabastecimento.
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Agora estou em Maun, a capital do Okavango onde vou passar 3 dias. Já venho instruído pelo Nicolas para um tour de Mokoro pelo delta onde parece que podemos acampar junto com os elefantes bem no meio do delta.
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A Mokoro é a canoa típica do Okavango, construída de um único tronco e conduzida com um pau longo e muita mestria pelos San que ainda habitam a região. Para já vou desfrutar do hostal e da tenda com vista para o Rio Okaavango...
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-PL5k3vk/0/M/L1040814-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-59312621575307884112011-12-03T18:23:00.005+00:002011-12-03T19:47:56.962+00:00A gestão do imprevisto.<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-Hj78SrZ/0/M/GOPR4101-M.jpg" width="500">
O imprevisto está sempre presente neste tipo de vadiagens e nada melhor que acontecer tudo de seguida para abrirmos a pestana logo desde o inicio. Um telefonema bem cedo fez cair por terra a visita ao Leshoto, o Phillip ligou para um amigo dele lá no cimo que nos diz que provavelmente demorarei 3 dias a fazer o que tinha previsto fazer em 1. Dias que não tenho. Sem problema, sigo para norte contornando a chuva.
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Sem grandes paragens deixo as montanhas que envolvem Durban e sigo por um gigantesco planalto a fazer lembra o Oeste Americano. A grandiosidade é tal que ando várias horas sem mudar grande coisa, enormes fazendas bem tratadas interrompidas aqui e ali com estas montanhas escarpadas no meio.
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Para quem estava à espera de ver <span style="font-style:italic;">aquela</span> África confesso que fiquei um bocado desiludido. Tudo demasiado organizado, tudo demasiado europeu, só a comida é que em vez de europeia é americana.
<br><br> Chego com o pôr do sol a Lichtenburg já bem perto da fronteira com o Botswana. Está a decorrer o Diamonds Festival e há uma feira popular montada na praça principal onde finalmente consegui provar comida local. 50 Rands deram para 3 sacos de vários tipos de carne seca de tudo o que é animal africano... é bom e prático, fui roendo enquanto me misturava na feira.
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Passar despercebido por aqui é relativamente fácil, ele há loiros de olho azul, indianos, negros retintos e outros nem tanto, árabes com burka, árabes sem burka e claro um careca português cansado, afinal de contas acabou de fazer 800kms numa moto magrela.
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A manhã acorda com um sol violento, são 8 da manha e já estou a suar. Arranco rápido depois de calcular que tinha uns 5 lit. no tanque e 80kms até à próxima bomba. Calculo errado!! A bomba fica mesmo a 80km mas os 5 litros só aguentaram 50 kms.
<br><br>Obviamente que xinguei o Nicolas com todos os nomes que me consegui lembrar em portugues de Portugal e do Brasil. Enche a moto com viadagens de escape de competição e kit dynojet e agora com tanque maior deve ter a mesma autonomia que com o pequeno. Seu capeludo teimoso, tá vendo no que deu tua teimosia!!! Agora se arruma com 250kms de autonomia!
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Nada como duas horas ao sol para acalmar, xingar a minha estupidez e acalmar o ritmo da viagem. Assim que entrosei o estado de <span style="font-style:italic;">"que se lixe, tenho tempo"</span> comecei finalmente a raciocinar. Saquei do tubo do respiro e soprei a ver se pegava... Pegou e fez ainda 8kms até ao cruzamento com uma aldeia. Poucos minutos estava eu e a moto num reboque a caminho da bomba de gasolina mais próxima.
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Finalmente começa-se a sentir Africa, acabaram as mega fazendas e as ruas das vilas já são animadas com aquela musica a bombar e a simplicidade tipica de Africa... assim sim!
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A fronteira foi rápida e simples, carimba passaporte, escreve aqui a matricula da moto e boa viagem! O escape para alem de me já ter ensurdecido afugenta tudo o que é animal das redondezas, logo na entrada do Botswana um grupo de macacos grandes na beira da estrada sai a xingar o Nicolas... só pararam longe, nem deu para fotografar...
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Agora sim, estou a entrar em África, cidades confusas, estradas ruins e muito som e cor para qualquer canto que se olhe... ah e por falar em olhar, o Kalahari está à vista!
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Xplore-South-West-Africa/i-rXnrnD9/0/M/L1040711-M.jpg" width="500">Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-54959324107250469102011-12-02T05:53:00.004+00:002011-12-02T06:47:20.841+00:0026 horas depois... de volta a casa.Não, não estou em Lisboa, estou a mais de 9.000 quilómetros de Lisboa na casa do Phillip Symons, da Joaleen e da pequena Mayland em Durban, na costa Leste da Africa do Sul.
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Não encontro nenhuma expressão melhor para definir esta sensação de conforto, de acolhimento e de amizade pura com que mais uma vez fui recebido. Bem sei que já repeti esta frase inúmeras vezes, mas que se há tipos com sorte, eu sou definitivamente um deles, tenho amigos de uma qualidade insuperável. Obrigado Phillip, Joaleen e Mayland.
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O Phillip é o irmão do Elmer, um amigo que acolhemos em 2006 durante a sua participação no Dakar ainda como mecânico. Em 2007 ele voltou como piloto e já não era visita, era da casa. Bem integrado no nosso circulo de amigos, participámos intensivamente na sua preparação para o Dakar. Ele de certa forma estava a viver o sonho de todos nós, entusiastas desde tenra idade do rally mais duro do planeta, e com ele seguiu um pouco de cada um dos que passaram os serões lá na garagem.
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Quis o destino que o Elmer nos deixa-se enquanto concretizava o seu/nosso sonho, mas nós não deixámos e desde então ele vive um bocadinho em cada um de nós. Neste reencontro com o Phillip ele esteve bem presente, degustou aquela garrafa de vinho connosco, ajudou a preparar a moto, partilhou este serão delicioso em família e amanhã guiará o meu caminho pela sua terra... sempre com aquele sorriso de puto bem comportado.
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A moto está pronta, o incansável Michael da Honda Durban já tinha tudo preparado e foi só carregar e andar. É incrível como o cansaço de 26 horas entre aviões e aeroportos se dissipou assim que andei 20 minutos de moto. Obrigado Michael, a Lady está uma belezura :)
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Amanha, se a trovoada que cai neste momento permitir, subirei ao Roof of Africa, ao Lesotho por umas pistas onde o Elmer foi diversas vezes campeão de enduro e onde foram espalhadas as suas cinzas. O Phillip já me indicou o caminho, a moto está carregada e eu tô ansioso por começar.Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-15669443663000008362011-11-25T11:20:00.003+00:002011-11-25T11:28:19.737+00:00Travelling lightA preparação de uma viagem é como um prólogo..., a recolha de informação, as leituras e mesmo a escolha da bagagem fazem-nos começar a viajar muito antes de por o pé fora de casa.
Eu encaro a coisa quase como um projecto de trabalho. Crio metodologia, escalas de importância e vou cortando, cortando até restar apenas o essencial.
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Tenho até um pequeno ritual, umas semanas antes de cada viagem espalho tudo o que acho que vou precisar no chão da garagem. Todos os dias, quando chego do trabalho gasto 5 minutos a olhar e rever a escolha. Quase todos os dias tiro algo que realmente não preciso e tomo nota de algo que me esqueci no dia anterior.
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Viajar com frequência trás algumas vantagens. Vamos coleccionando material e ao fim de algum tempo já temos as opções adequadas para vários tipos de destino.
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Mas por mais que já tenhamos muito material, há sempre uma coisinha ou outra que precisa de um upgrade. Desta vez aproveitei para renovar o meu kit de cozinha. Não parece mas este pequeno volume tem um fogão, uma panela, uma frigideira, uma botija de gás e umas saquetas de sal e pimenta que gamei no Macdonalds. Cabe numa mão!
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Outro upgrade que já vinha a adiar há algum tempo é o purificador de água Katadin. É certo que encontramos água engarrafada em quase todos os sítios mas sabe bem ter a opção de encher o cantil em qualquer torneira, poço ou ribeiro e bebe-la de imediato, sem receios e com toda a segurança.
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<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://ateaofimdomundo.smugmug.com/Noobai/Preparativos/i-CkPDGfm/0/XL/Item-2-XL.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 300px;" src="http://ateaofimdomundo.smugmug.com/Noobai/Preparativos/i-CkPDGfm/0/XL/Item-2-XL.jpg" border="0" alt="" /></a> Um erro que todos costumamos fazer é levar uma série de coisas que podemos perfeitamente comprar no destino. Há de tudo em qualquer parte do mundo. Seja em que região for as pessoas comem, bebem, vestem-se, lavam-se... e se o fazem é porque têm como. A descoberta de como o fazem é aliás uma das formas mais simples de nos integrarmos num destino e trazer de lá experiências mais ricas.
Mas a preparação não é só bagagem, a investigação dos destinos é também uma parte importante para evitar dissabores. O meu passaporte está válido para quase todo o mundo mas não para a África do Sul. Porquê? Porque já não tem duas páginas em branco, e isso seria o suficiente para não conseguir entrar no país e acabar esta viagem antes de começar.
<br> <br>Por mais que estejamos informados, bem equipados e preparados para uma viagem, nunca sabemos exactamente o que nos espera. Há que aceitá-lo, afinal de contas é precisamente essa incerteza, essa vulnerabilidade, essa imprevisibilidade, que nos desassossega e nos leva a partir. Eu estou pronto... acho...
<iframe src="http://player.vimeo.com/video/32607204?title=0&byline=0&portrait=0" width="500" height="281" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe>Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-12088390.post-91818576571843115612011-11-17T16:47:00.005+00:002011-11-18T12:23:38.941+00:00Lady... a moto.Chama-se Lady e é uma japonesa radicada na África do Sul. Básica, simples e leve é uma clássica que desde o seu nascimento em 93 pouco ou nada mudou.
<img src="http://motoxplorers.smugmug.com/Xplore-Tours/Viagem-Nicolas/i-9QgnwnS/0/M/Zimbabwe-65-M.jpg" width="500">
Esta é de 2011, acabou de chegar ao mercado Sul Africano e sente-se perfeitamente em casa nas pistas africanas.
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Está a descansar em Durban depois de o seu proprietário, o meu amigo "Capeludo", ter feito a rodagem nos últimos 4 meses. Uma viagem que de certa forma provocou esta e que pode ser vista no seu blog <a href="http://www.viagemdonicolas.com.br/">As viagens do Nicolas</a> que aproveito para recomendar.
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O equipamento segue a filosofia da moto, leve e simples qb. Uns alforges flexíveis, suportes RAM para GPS e GoPro, saco de deposito de enduro da Wolfman e um jerrican de plástico para enfrentar as distancias maiores.
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Para esta viagem vai levar mais uns upgrades, um deposito maior com 22 litros de capacidade, umas protecções de punho e um vidro caseiro made in Portugal.
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No fim de contas acaba por ser mais uma produção do atelier da Adventure Store, que mesmo a 10.000 quilómetros de distancia, consegue preparar motos para qualquer tipo de aventura...
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Vamos ver que tal se comporta.Carlos Azevedohttp://www.blogger.com/profile/07349638963325301617noreply@blogger.com0