Posted by : Carlos Azevedo sexta-feira, junho 15, 2007

O calor é muito mas nós já estamos adaptados, chegámos ontem ao meio da tarde à capital da Amazonia. Assim que chegámos ao centro ligámos ao Harles e ao Gao e depois de uma busca pelo centro encontrámos um hotel à nossa medida, barato e com garagem, o Hotel Juliana! A noite já caiu e o calor continua mas agora acompanhado de mosquitos, fugimos para um barzinho animado e procurámos o nosso refresco favorito, Skol estupidamente gelada, o Gao e o Harles vieram ao nosso encontro e ficamos conversando noite dentro. Mais uma recepçao que vai ficar na memoria, já se pensa mesmo em abrir uma sucursal do Brasil Riders em Portugal, o Cicero deve chegar a Manaus hoje ou amanhã e nós gostariamos muito de tomar uma cerveja com ele antes de seguir viagem. Esta coisa das viagens de moto é mesmo um mundo pequeno, encontrámos um Italiano que está rodando à 11 meses pela America, como é normal nestas ocasioes trocámos informações e percebemos que os nosso contactos eram os mesmos, tanto na Venezuela como no Brazil, todos conheciamos todos, parece uma familia gigante e muito solidaria. Ontem o dia acordou novamente com chuva forte, vestimos os impermeáveis e avançamos para Sul. A poucos quilometros do Equador a chuva parou mas o ceu continuava muito carregado. Na linha do equador existe ao lado da estrada "A praça do centro do Mundo" onde um monumento marca a linha que divide o planeta em dois hemisférios. Para nós mais importante do que trocar de hemisfério é entrar no verão tropical, teoricamente a epoca ideal para viajar por estas bandas. Tirámos as fotos da praxe, saboreámos mais um objectivo alcançado, e seguimos até à Reserva Indigena de Waimiri Atroari. A reserva tem regras muito rigidas, durante a travessia de 130 kms não se pode parar, tirar fotos, filmar e o indio que nos recebeu na entrada não tinha cara muito amistosa. A reserva é uma belesa, um pedáço de Amazonia imaculado, sem zonas destruidas nem construções, pelas margens da estrada podem se ver alguns indios ainda vestidos tradicionalmente e utilizando ferramentas originais. Cada dia vemos mais vida selvagem, principalmente aves exoticas e pequenos mamiferos. A estrada é muito esburacada, a gincana permanente ajuda a manter a concentração nas enormes retas que atravessam as colinas da floresta, em algumas zonas não existe mesmo asfalto, é nestas altura que acho que escolhemos bem as motos. Agora que já estamos calejados :) os bancos são tão confortáveis como os das BMW, são leves e absorvem os buracos com facilidade. Estão todas a portarem-se bem, até agora nenhuma avaria a registar, apenas o esperado consumo de oleo das Yamahas e alguns parafusos que desistem da viagem. O kit de parafusos que o Artur nos deu já serviu 3 vezes, obrigado Artur mais uma vez. Com 2500 quilometros completamos o primeiro quarto da viagem, vamos tirar um dia de folga das motos e visitar Manaus e as redondesas. O Gao e o Harles devem aparecer mais logo, parece que hoje tem churrasquinho...

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  1. Portuga querido!

    viajamos com vocês lendo seus textos! Lindos! Nem acredito que não estamos aí...
    Um beijo enorme, aliás, mande um também para o Gau, se ainda encontrá-lo!

    Boa viagem e até Bonito, se Deus quiser!

    Verbena / André

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