terça-feira, maio 29, 2007

Motas a caminho.

Finalmente as motos estão prontas, o fim de semana passado foi reservado para a embalagem e ontem fomos entregar as nossas companheiras de viagem ao aeroporto. Para nós enviar motos de avião é uma novidade, ficámos a saber pela prestável D. Fernanda da Tap Cargo (que pacientemente respondeu a todas as nossas duvidas nos últimos 3 meses) que a tarifa aérea seria calculada não em relação ao peso mas em relação à cubicagem ocupada no porão do avião. Simplificando a coisa quanto menor a embalagem da moto mais barato ficaria o transporte, por isso metemos mão à obra e com a ajuda de vários amigos emagrecemos as motas o mais possível. No meu caso o volume da Floribela ficou em cerca de metade do volume que seria necessário para a BMW, no total a caixa ficou com 110 cm de altura por 52cm de largura e por 180 cm de cumprimento, o peso total ficou pelos 202 quilos, resumindo, paguei metade do que pagaria pelo transporte da BMW.Ontem com a ajuda do Luís fomos levar as motas ao aeroporto. A D. Guilhermina e toda a equipa da Tap Cargo foram de uma simpatia e eficiência magnificas, ensinaram todos os passos burocráticos necessários e em pouco mais de duas horas as motos estavam prontas a embarcar. O Sr Armando Begonha está neste momento a tratar do despacho aduaneiro e amanhã elas devem levantar voo para atravessar o atlântico.

sábado, maio 19, 2007

Floribela a nova companheira de viagem.

Em Janeiro quando comecei a fazer contas para esta viagem contactei a Tap Cargo para saber o custo de enviar a minha BMW GS para a Venezuela. Os números não foram nada agradáveis e por isso achei que era a altura ideal para modificar a forma encarar estas viagens. A BMW GS é uma moto excelente, muito fiável e ao longo dos 200.000 kms que fiz com a minha sempre me levou a todos os destinos sem problemas de maior. É no entanto uma moto cara, pesada e volumosa, quando temos de fazer importações temporárias, carnets, transportes intercontinentais e afins os valores envolvidos são sempre grandes. Já à algum tempo que eu e os meus companheiros de viagem falávamos em mudar para motos menores, mais leves e com menor valor, pouparíamos dinheiro e em qualquer circunstancia mais complicada seria sempre mais fácil abandonar a mota e voltar a casa. Com isso na cabeça adquirimos varias monocilindricas, motos simples, leves e de valor muito baixo quando comparados com o da BMW. A solução parecia perfeita mas teríamos a mesma fiabilidade e comportamento que com as BMWs?? Eu costumo ter como um dos pontos mais importantes para a preparação destas viagens o conhecimento mecânico das motos que utilizamos, por isso agarrei na moto que me calhou, uma Honda Dominator 650 e comecei a modificar os pontos que me pareciam frágeis. Foi uma odisseia que durou os 4 meses seguintes onde foram gastas centenas de horas de trabalho na companhia de vários amigos. Chamei a minha Dominator de Floribela pois sempre que começava esta conhecida e interminável novela eu descia para a garagem. O resultado final foi este; 30 litros de combustível, 550 quilómetros de autonomia, suspensões invertidas na frente com curso maior, braço oscilante mais longo e mais resistente, amortecedor Ohlins atrás, 100 litros de capacidade de carga, motor revisto e preparado pelo João Rodrigues e sistema de navegação desenvolvido pela Espaços Sonoros - Garmin. Durante as ultimas semanas testei as modificações e todas elas contribuíram definitivamente para melhorar o comportamento e a fiabilidade da moto. Com tudo isto ganhei um bom conhecimento mecânico da moto, sinto-me mais preparado para a viagem, a Floribela está pronta!

Paragem Forçada

Em vez de acordar amarrotado depois de um voo de 12 horas até ao Bornéu como tinha planeado acordei numa cama da uci do Hospital  dos Lusiad...