segunda-feira, novembro 22, 2010

A Raimunda e a Maria

A Raimunda é uma Kawasaki KLR 650 de 2002 com cerca de 35000 milhas. Chama-se Raimunda por razoes obvias, é feia de cara e horrível de bunda! Comprei-a no México com a promessa do seu antigo dono que antes da viagem levaria uma boa revisão para se aguentar nos 4500 quilómetros que nos esperam. Mas as peças para a grande revisão da Raimunda não chegaram a tempo e por isso o seu proprietário mexicano, homem que honra compromissos, resolveu vender-me antes uma Suzuki DR650 bastante mais nova e com menos rodagem. Um upgrade que se me deixou algo desapontado no inicio mas que depressa me agradou. Afinal de contas é um negocio melhor, custa o mesmo e é bem mais recente. Alem disso consegue ainda ser mais leve, simples, e tão ou mais fiavel que a KLR. O seu deposito de combustível é um pouco maior que o de origem e mesmo não sendo enorme, tem capacidade suficiente para garantir uma autonomia de 350 quilómetros entre abastecimentos. O seu antigo proprietário montou-lhe tambem um banco Corbin, bem mais confortável do que o de origem. Como preparação final para esta viagem eu montei-lhe 3 acessórios simples, uns alforges, um saco impermeável e um ecrã. Os alforges e o saco impermeável são baratos e universais em termos de modelo de moto, alem disso são fáceis de transportar no avião e essenciais para transportar a bagagem da viagem. O ecrã é mais um preciosismo, não conto andar a grandes velocidades mas a moto não tem nenhum tipo de protecção e pelo menos assim vou um pouco mais confortável. Foi fácil improvisar a montagem, parece que foi feito para aqui. Para terminar um nome, ela precisa de outro nome, afinal não é assim tão feia para merecer o nome de Raimunda. Maria, vai se chamar Maria, a singela e modesta Maria.

3 comentários:

  1. Tem óptimo aspecto, muito melhor que a Raimunda :-))

    Abraço,
    Joe

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  2. Sendo assim, Carlos e Maria, bons ventos para a descida até ao Darien!

    Zé Paulo.

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  3. As KLR são inquebráveis e simples. Os canadianos que conheci na Argentina utilizavam quase todos essas motos e diziam-me que era só meter gasolina e andar.
    Boa viagem e cuidado na estrada,
    António Queirós

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